Roteiro de 4 dias pela Rota Ecológica dos Milagres, em Alagoas
Comparado ao Caribe pela semelhança do tom de suas águas, São Miguel dos Milagres, a 99 km de Maceió, é um pequeno paraíso no litoral alagoano
A Rota Ecológica dos Milagres é um trecho do litoral ao norte de Maceió que abrange Passo de Camaragibe (cidade natal de Aurélio Buarque de Holanda), São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras. Todas as praias são bem próximas umas das outras.
É o lugar para quem gosta de fugir do agito, quer mais contato com a natureza cercado de muita tranquilidade em uma paisagem de encher os olhos.
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A Rota Ecológica também faz parte das Costa dos Corais de Alagoas, que é a 2ª maior do mundo (a 1ª fica na Austrália).
As praias são vazias, o clima de vilarejo de pescadores se mantém ao longo de toda a rota e a cor do mar … ahhh… surpreende mesmo!!
No Instagram da Catraca Livre Viagem você pode assistir as todos os stories que fizemos por lá! Estão todos em destaque com a capa “Alagoas”.
Foram 4 dias em São Miguel dos Milagres e nos municípios vizinhos. No meu blog Todas as Mães em Viagem também tem algumas sugestões de roteiros para quem quer agregar outros destinos na mesma viagem, como Maceió e também o litoral sul.
Entre passeios e momentos de puro relax, difícil escolher a praia mais bonita que visitamos!
Praia do Marceneiro – fica em Passo de Camaragibe. Acho que foi a praia com o mar mais verdinho que vi, eu fiquei realmente muito impressionada! Ficamos na sombra delícia de uma árvore e aproveitando o clima pacato da praia.
Praia do Riacho – em São Miguel dos Milagres mesmo, mas vizinha bem próxima do Marceneiro. É desta praia que se tem a visão da famosa Capela dos Milagres (onde Whindersson Nunes e Luiza Sonza se casaram).
Praia de São Miguel dos Milagres – tem uma estrutura com uma área grande pra estacionar, restaurante, banheiro, barracas etc. Tem bastante jangada na praia e uma rede na água irresistível.
Praia do Toque – em São Miguel dos Milagres. Vizinha à Porto de Ruas. A foto é das piscinas naturais (piscinas do Toque) que se formam na maré baixa. Almoçamos no famoso restaurante do Enildo, pé na areia.
Porto de Ruas – em São Miguel dos Milagres. É a Praia da pousada que ficamos. A maior vantagem no nosso caso foi aproveitar todos os benefícios que a pousada oferece à beira mar.
Praia do Patacho – fica em Porto de Pedras, município vizinho a São Miguel dos Milagres. Pegamos uma sombra de uma árvore e nós instalamos lá. Quando a maré está muito baixa (chamam de maré morta), o mar seca e você consegue ir caminhando até as piscinas naturais do Patacho! Não foi o nosso caso, infelizmente. Para chegar no Patacho, passe pelo túnel verde!
Associação Peixe-Boi
É em Porto de Pedras onde fica o Santuário Peixe Boi. Fizemos um passeio de jangada pelo rio Tatuamunha onde ficam os peixe bois resgatados pelo projeto que tem como objetivo preservar a espécie e aumentar a população de peixes-boi, um dos mamíferos aquáticos mais ameaçados de extinção no Brasil.
Foi muito legal passear de jangada e ver os peixes boi. Eles são super dóceis, mas não podemos encostar nele…a intervenção deve ser a mínima possível. Uma coisa que achei interessante: o peixinho boi (rs) que já nasce bem grandão, não nasce sabendo nadar! É a mãe que leva no dorso e ensina o filhote a nadar. Mãe é mãe em qualquer espécie né?
Para fazer esse passeio é necessário agendar com antecedência, pois há um limite de visitantes por dia.
Manchas de óleo
Seria um milagre o município de São Miguel dos Milagres não ter sido atingido pelo óleo que vem afetando a costa do Nordeste? Não! Pelo menos foi o que todo morador dessa região que conversamos nos disse: a presença do recife de corais vira uma barreira para o óleo atingir as praias!
Vimos um pouco do óleo na linda Praia do Patacho, em Porto de Pedras. Mesmo em pequena quantidade, é de cortar o coração ver uma cena dessas.
Vimos dois moradores caminhando pela praia com um saco plástico recolhendo os pequenos detritos na areia – não usavam luvas. Rodrigo, meu marido, entrou na água e, como o mar estava bem rasinho, colocou a mão na areia dentro d’água. Foi certeiro no piche que estava impregnado no chão :( Também encontramos uma pequena bolota dentro do mar e recolhemos. Tanto eu quanto as crianças não fomos “carimbados” pelo óleo quando entramos na água.
No Santuário Peixe Boi, o cativeiro onde encontram-se os peixes bois que estão em reabilitação, foi cercado de boias para conter o óleo, caso chegasse no rio Tatuamunha. Mas não havia chegado até o momento. Lembrando que eles estão lá com o objetivo de preservar a espécie e aumentar a população de peixes boi no Brasil.
Em momento algum a viagem foi prejudicada, a não ser pelo triste fato de saber o estrago de tantas outras praias lindas do Nordeste.