Roteiro Jalapão: dez lugares imperdíveis para conhecer
O Juju na Trip dá as dicas para montar um roteiro perfeito pelo Jalapão e Serras Gerais
Roteiro Jalapão e Serras Gerais. Os dois lugares formam, juntos, um dos destinos mais lindos do Brasil. Os cenários mudam o tempo todo, há cachoeiras, cânions, dunas, serras, lagos, fervedouros, e todos de uma beleza de perder o fôlego. Neste texto, o Juju na Trip dá a dica 10 atrações imperdíveis no Jalapão, e ainda onde ficar, quando ir, que agência contratar, como chegar.
Siga o Juju na Trip no Instagram para mais dicas
Como chegar no Jalapão e Serras Gerais
É preciso voar para Palmas, e normalmente precisa pernoitar lá. Nesse caso, recomendo a Pousada Taquaruçu (em Taquaruçu, e já no caminho para o Jalapão) ou no Hotel Araguaia (Palmas). A distância é a mesma entre o aeroporto e qualquer uma das pousadas.
De Palmas para o coração de Jalapão, dá umas 5/6 horas de estrada.Na volta, pegamos um voo de madrugada e aproveitamos o último dia até o por-do-s0l
Quando ir pro Jalapão
O melhor é ir entre maio a outubro, quando não chove.
Precisa de agência para explorar o Jalapão e Serras Gerais?
Na minha opinião, a não ser que você seja bem aventureira, precisa. No Jalapão e Serras Gerais não pega 3g, as estradas são ruins, esburacadas, não tem placa e se perder é fácil. E aí, recomendo a Canindé Ecotour, que considero a melhor agência de lá. Nosso experiência com eles foi incrível, emocionante mesmo.
Onde se hospedar no Jalapão
O Jalapão é enorme, e o ideal é fazer um roteiro circular dormindo em lugares diferentes e explorando, a cada dia, os atrativos no entorno. As bases principais são São Felix (pousadas Jalapão Ecolodge e Pousada Fervedouro Bela Vista), Mateiros (Pousada Beira da Mata) e Ponte Alta (Pousada Águas do Jalapão).
O que fazer no Jalapão: Fervedouros
São imperdíveis!! Não é a toa que formam o atrativo mais famoso da região. Os fervedouros são nascentes que formam “pequenos lagos” de água azul transparente.
E são curiosos porque não se consegue afundar neles, já que há o fenômeno da ressugêrcia da água, que empurra as pessoas para cima.
Listo os fervedouros mais lindos do Jalapão, que foram os que visitamos : Buriti (com formato de coraçã0), Buritizinho (o mais azul, e mais cheio. Lá, tivemos 15 minutos contados no relógio para desfrutar), Alecrim, Bela Vista e Por enquanto.
No Por Enquanto, aliás, tem uma base para almoço. Serve uma comida ótima!
Ver o sol nascer do alto das serras
O sol nascer e o poente no cerrado são sempre um espetáculo. Mas há dois lugares muito especiais para ver o alvorecer: na Serra da Catedral e na do Espírito Santo, duas experiência mágicas que a Canindé Eco Tour organizou pra gente.
Na Serra da Catedral, o alvorecer foi gourmet, com um café da manhã servido na montanha (veja o video cima!). Vale dizer que a Serra da Catedral fica dentro da mesma propriedade do Jalapão Ecolodge, um terreno com mais de 1000 hectares transformado uma Reserva Particular do Patrimônio Natural para garantir sua preservação para o resto do tempos.
Já a Serra do Espírito Santo fica pro lado de Mateiros. Saímos às 3h30 da manhã da pousada Beira da Mata e, depois de meia hora de estrada, chegamos à base da montanha. São 295 metros de altura, e 700 metros de “escalaminhada” , numa trilha bem estrutura que tem até bancos pelo caminho para descanso.
É imperdível!
Boia Cross no Rio Soninho
Achei uma delícia, e é ótima pedida para quem viaja com família, porque é diversão certa. O Rio Soninho atravessa mesma RPPN onde está a Serra da Catedral e o Jalapão Ecolodge, e a atividade pode ser feita no mesmo dia do Alvorecer Gourmet.
O trajeto que fizemos foi de 700 metros, pegando as três melhores corredeiras, bem gostosas e divertidas, e nada radicais
Cachoeira do Formiga
A cachoeira do Formiga conseguiu ser mais do que esperávamos. Uma pequena queda d’água, com um lago que de cima tem cor de esmeralda, e debaixo é cristalina como vidro.
Dunas do Jalapão
São imensas, silenciosas, protegidas pelo parque e cercadas pelo buritis, por um rio e, ao fundo, a serra do Espírito Santo.
Ficamos lá sozinhos, porque mais uma vez fugimos das hordas de turistas que vão para ao entardecer; chega a juntar centenas de pessoas. Imagino que deva ser lindo no por-do-sol, mas estar nesse imensidão da natureza sem ninguém por perto é indescritível.
Comunidade Quilombola do Rio Novo
Não deixem de visitar as comunidades e entrar no ritmo de vida deles. A do Rio Novo é atravessada por um rio, com vários praianhas. Tome um banho e um almoço lá uma refeição quilombola típica, com peixe local, feijão e mandioca colhidos no cerrado, e sorvete de frutas típicas.
Cânion Sussuapara
Aqui, paredões de rocha, úmidos e cobertos por samambaias e musgo, formam um pequeno cânion. A água desce pela fenda e forma um pequeno rio ao longo do trajeto, que termina numa piscininha gelada.
Roteiro Jalapão: Pedra Furada
A Pedra Furada é um dos cartões-postais do Jalapão, e costuma encher bastante no por-do-sol. A dica pra achar mais vazia é ir pela manhã
Lagoa do Japonês
É um dos lugares mais lindos que já vi na vida: a Lagoa do Japonês. Chegamos depois do almoço, quando os grupos das outras agências já estavam debandando, e ficamos lá – mais uma vez só nós – até anoitecer.
A primeira visão é de um lago lindo, esmeralda, e cercado de mata nativa. E à medida que a gente nada para o fim do lago, a paisagem fica ainda mais surreal. Imensos paredões, por onde descem cipós igualmente gigantescos, começam a surgir de um lado e de outro, para no final de tudo formarem uma espécie de caverna gigantesca.
Cânion Encantado
O Jalapão tem isso: a cada lugar que você chega, você acha que é o mais lindo de todos. Com o Cânion Encantado e a cachoeira do Elias não pode ser diferente.
Para começar, uma trilha de 1 km, plana, mas debaixo do sol, até chegar à entrada do Cânion. E aí, a magia começa.
O caminho atravessa o cânion, cor de fogo, e cada trecho vai mudando de paisagem: pelo meio da mata, depois passando por um rio. E se você aguçar o olhar, vai perceber a vida da floresta a pleno vapor; um vai e vem de formigas trabalhadeiras pelo chão, uma teia de 4 metros repousando entre as folhas gigantescas.
Até que, de repente, a fenda se abre num círculo; estamos rodeados por paredões de 70 e 80 metros de altura, e deles despencam não uma – o que já seria escandaloso – , mas QUATRO quedas d’água.
Pedra do Arco do Sol
Mais uma dica que não pode ficar for ado Roteiro Jalapão: o por-do-sol da Pedra do Arco do Sol nas Serras Gerais. Achei até mais bonito do que a Pedra Furada.