São Paulo tem o segundo maior complexo de cavernas do Brasil
Das 718 formações cadastradas, 441 ficam no município de Iporanga e outras 80 em Apiaí; há ainda cavernas de importância religiosa
São Paulo é o segundo estado do país com o maior número de cavernas. De acordo com o cadastro nacional da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), o patrimônio de cavernas paulista representa 12,5% de todas do Brasil. Perde apenas para Minas Gerais em número de sítios.
São 718 sítios espeleológicos cadastrados, além de mais 40 indicados para integrar a lista, com levantamento topográfico, extensão, tipos de rochas e outros dados inventariados. Do total, 441 ficam no município de Iporanga e outras 80 em Apiaí, no Vale do Ribeira, o que faz do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar) a área com maior concentração de cavernas no país.
A Casa da Pedra, no Petar, tem pórtico de entrada de 215 m, o maior do mundo, e cavernas com grande profundidade, como Abismo do Juvenal, com 241 m de desnível. Há ainda cavidades de grandes dimensões em rochas não calcárias. Entre elas, a Gruta, em Itu. Com cerca de 1.250 m, é a maior caverna em granito do país e uma das maiores do mundo.
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As cavernas de São Paulo
As cavernas paulistas têm grande variedade de formações rochosas. Entre elas, destacam-se a de Santana, em Iporanga, e a do Diabo, em Eldorado. Além da facilidade de acesso e dos serviços de recepção e monitoria ambiental, atraem visitantes por causa da beleza das formações, como o Salão da Catedral da Caverna do Diabo, com estalagmites de 20 m de altura.
Outras cavidades se caracterizam pelos aspectos arqueológicos e históricos, registrando sepultamentos indígenas antigos ou fósseis, como os de preguiças e tatus gigantes, que habitaram a região na era geológica conhecida como pleistoceno, iniciada há 1,750 milhão de anos.
Há ainda formações de importância religiosa como a Gruta do Itambé, em Altinópolis. Das cavernas paulistas, 58 têm importância turística e, dessas, 32 já dispõem de planos de manejo espeleológico, com zoneamento, regras de visitação, uso para pesquisas e outras atividades. De acordo com pesquisadores, novas dormações ainda devem ser descobertas.