Vai viajar? Veja se sua carteira de vacinação está em dia

Muitos destinos exigem comprovantes de imunização logo na chegada

05/11/2025 07:09

Com a chegada de novembro, os preparativos para as viagens de Natal e Réveillon já estão a todo vapor e é hora de organizar malas, garantir passagens e planejar o roteiro. Mas há um item essencial que não pode faltar na lista: a vacinação.

“Manter a caderneta de vacinação atualizada é indispensável, seja para viagens nacionais ou internacionais. Muitos países exigem o comprovante de imunização na entrada, e além disso, essa medida protege o viajante e ajuda a evitar a disseminação de doenças em outros locais”, alerta o médico Fábio Argenta, da Saúde Livre Vacinas, rede especializada em imunização.

Muitos destinos exigem comprovantes de imunização logo na chegada
Muitos destinos exigem comprovantes de imunização logo na chegada - Freepik

Embora a vacina seja insubstituível, o médico reforça que cuidados básicos também são importantes: uso de repelentes, consumo de água potável e atenção à higiene das mãos completam a proteção da família e contribuem para férias mais seguras e saudáveis.

O médico alerta para carregar a caderneta de vacinação na mala junto aos certificados exigidos, como o CIVP (Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia)  para evitar contratempos durante a viagem e que as vacinas precisam ser tomadas com antecedência. “Alguns imunizantes podem precisar de intervalo de semanas para garantir proteção total, como o combatente a febre amarela”, comenta.

Para ajudar no planejamento, a Catraca Livre preparou uma lista com as vacinas indispensáveis para viajar, confira:

Febre amarela

Recomendada para toda a população a partir dos 9 meses de idade, a vacina contra a febre amarela é obrigatória para viajantes que visitam áreas endêmicas, como Maldivas, Egito, China, Emirados Árabes, Tailândia, Bahamas, entre outros. “A vacina também é recomendada para locais em que a pessoa terá contato com a natureza, incluindo alguns estados brasileiros, como Amazonas, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais”, informa o médico.

Sarampo

O ideal é que a imunização contra o sarampo seja feita no bebê aos 12 meses e a segunda dose aos 15 meses. Mas pessoas entre um ano de idade e 59 anos, que não foram vacinadas ou têm esquema de vacinação incompleto, também podem se vacinar contra a doença. Além disso, em crianças de 6 meses a 1 ano, a vacinação pode ser indicada em caso de surto.

Segundo o médico Fábio Argenta, embora não seja obrigatória, essa vacina deve ser priorizada conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), diante do aumento de casos no Brasil e em países vizinhos. Assim, vacinar-se contra o sarampo protege não apenas os viajantes, mas também as comunidades visitadas —especialmente em destinos como França, Reino Unido, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Holanda, Austrália, Argentina e México.

Gripe

A vacina contra a influenza oferece proteção contra as cepas sazonais do vírus, reduzindo o risco de contrair a doença durante a viagem. É recomendada a partir de 6 meses de vida e sem limite máximo de idade. Para crianças entre 6 meses a 8 anos, 11 meses e 29 dias, na primeira vacinação, recomendam-se duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. “A passagem por locais movimentados, como aeroportos, restaurantes e hotéis aumentam o risco de contágio. É recomendado para todos os destinos nacionais e internacionais”, orienta o especialista.

Poliomielite

A vacina contra a poliomielite é indicada para todas as crianças com menos de 5 anos de idade. No entanto, embora faça parte do calendário vacinal infantil, ela também é recomendada para adultos que irão para destinos onde a poliomielite não foi totalmente erradicada, tais como: China, Indonésia, Paquistão, Somália, Egito, Madagascar, Filipinas, entre outros. Essa vacina protege contra os sintomas incapacitantes da doença.

Meningite

Indicada para bebês com três, cinco e 12 meses de vida, com reforço entre 11 e 14 anos de idade, a vacina contra a meningite também pode ser indicada para adultos em situações específicas, como viagens, condições de risco ou exposição profissional. O imunizante é recomendado para todos os destinos por proteger contra o meningococo, uma das bactérias que podem causar inflamação nas membranas que revestem o cérebro.