Com a pandemia, 62% das mulheres pretendem adiar os exames de câncer de mama
Um levantamento feito com 1.400 mulheres a partir dos 18 anos, apontou que 62% delas pretendem aguardar o fim da pandemia do novo coronavírus para retomar as consultas e os exames preventivos para o câncer de mama.
Entre as mulheres com mais de 60 anos esse percentual é ainda maior, chegando a 73%. Os dados foram coletados pelo Ibope, em parceria com a farmacêutica Pfizer, com brasileiras das classes A, B e C em diferentes regiões do país.
Se por um lado, há a preocupação com a pandemia, por outro, a classe médica mantém o sinal de alerta para o câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre 2020 e 2022, devem surgir mais de 66 mil novos casos da doença no Brasil e a prevenção ainda é o caminho mais efetivo para a cura.
Para entender qual é a melhor recomendação neste momento, o #GiroCatraca falou com o Dr. José Carlos Sadalla, ginecologista, mastologista e especialista em câncer feminino do Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) e dos hospitais Sírio-Libanês e A Beneficência Portuguesa (BP).
Ele destacou que é difícil prever o momento em que a pandemia vai acabar e que postergar os exames por um tempo tão prolongado pode comprometer o diagnóstico precoce para o câncer. “Quando o tumor é avançado, você tem menor chance de cura. Não que seja incurável, mas as chances diminuem e, eventualmente, são necessários tratamentos mais agressivos”.
A executiva de marketing Mariel Campanhã também chama atenção para a importância da mamografia e do exame de toque. “O autoexame é necessário, mas não só uma vez por ano. A pessoa mais importante da sua vida é você”, comenta.
Ela foi diagnosticada com câncer de mama em 2017, passou por um tratamento intensivo e venceu a doença. Muriel compartilhou com o #GiroCatraca um pouco da sua jornada de luta e autoconhecimento.
Confira no vídeo a matéria completa.