Coletivo O Bonde apresenta o espetáculo teatral Desfazenda no Sesc Santo André

O Vila Mundo é uma iniciativa do Instituto Acqua em parceria com a Catraca Livre

Coletivo mostra encenação criada durante a pandemia que utiliza o recurso da poesia falada para contar sua história.
Créditos: Foto: José de Holanda
Coletivo mostra encenação criada durante a pandemia que utiliza o recurso da poesia falada para contar sua história.

Literalmente “palavra-falada”, ou conceitualmente “poesia falada”, spoken word é o nome dado a uma forma de performance na qual as pessoas recitam textos no contexto da música, literatura, artes plásticas ou cênicas. Esta é a linguagem que o Coletivo O Bonde apresenta na montagem de Desfazenda, em curta temporada, de 21 a 29 de abril, às sextas e sábados, no Sesc Santo André. Evento pago.

No espetáculo, a palavra tem papel fundamental: pulsa com os atores evocando uma “fala percussiva” que traz à cena uma batida constante, compassada, um ritmo musical aos diálogos e à narrativa. Para levar esta experiência aos palcos, estão os atores Ailton Barros, Filipe Celestino, Jhonny Salaberg e Marina Esteves (integrantes d’O Bonde) – além das vozes das convidadas Grace Passô e Negra Rosa, dirigidos por Roberta Estrela D’Alva.

Quem faz a direção musical é a atriz, compositora e DJ Dani Nega que tem uma parceria artística de longa data com Roberta Estrela D’Alva, com quem divide a apresentação de Slams – batalhas de poesia falada que viraram febre em todo Brasil nos últimos anos. Juntamente com o DJ Eugênio Lima, Roberta e Dani Nega receberam em 2020 o Prêmio Shell de Melhor Música pelo espetáculo Terror e Miséria no Terceiro Milênio – Improvisando Utopias.

Sinopse:

12. 13. 23. 40. Estes são os nomes de quatro pessoas pretas que foram salvas de uma guerra por um padre branco. Desde então elas vivem na fazenda deste padre cuidando das tarefas diárias, supervisionadas por Zero, um homem preto um pouco mais velho. O padre nunca sai da capela, a guerra nunca atingiu a fazenda, e sempre que os porquês são questionados, o sino soa e tudo volta a ser como antes. Ou quase sempre.

Sobre o Coletivo O Bonde

O Bonde começou em 2017 com uma relação muito íntima com a palavra, com os griôs, que na tradição africana, são os guardiões da memória, da história, dos mitos e costumes que seus povos transmitem oralmente. Nominalmente reverenciados à ajuntamentos negros e periféricos com o objetivo de aquilombar-se, o grupo também é suas próprias singularidades em movimento conjunto, podendo se constituir como um núcleo, um grupo, um coletivo ou um Bonde. São artistas negros e periféricos, formados em diferentes períodos na Escola Livre de Teatro de Santo André. Tem como pesquisa de linguagem a palavra e a narratividade como ferramenta de acesso, denúncia e ampliação de discussões afrodiaspóricas e seus desdobramentos. A abordagem épica da palavra como distanciamento dramático e aproximação narrativa é eixo fundante de seus pensamentos, desejos e mergulhos na étnica-criação-racial em São Paulo.

Serviço:

Quando: de 21 a 29 de abril, sextas e sábados, às 19h. Dia 28/4, sexta, às 20h.

Onde: Teatro Sesc Santo André  (Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar, Santo André-SP).

Ingressos – R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada) e R$ 12,00 (credencial plena).

Estacionamento R$ 5,00 a primeira hora e R$ 1,50 por hora adicional [Credencial Plena] mediante apresentação de Credencial Plena. R$10,00 a primeira hora e R$ 2,50 por hora adicional [outros].

A partir de 12 anos. Não recomendado para menores de 12 anos – Autoclassificação.

Duração: 60 minutos.

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