Criolo, Edgar e Russo Passapusso dão tom à peça ’57 minutos’
- Até de de
- Terça – Quarta
– 21h - Preço: Comprar
- R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
50% com o cupom – veja no texto - Local: Espaço Parlapatões
- Praça Franklin Roosevelt, 158 – Bela Vista, São Paulo – SP, Brasil
- Mais informações:
- Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
O premiado artista mineiro Anderson Moreira Sales desembarca em São Paulo para estrear o segundo texto escrito, dirigido e atuado por ele. “57 minutos – o tempo que dura esta peça” faz curta temporada no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt, entre 4 de junho e 10 de julho, com sessões às terças e quartas-feiras, às 21h.
Os ingressos são vendidos por até R$30, mas leitores VilaMundo e Catraca Livre garantem 50% de desconto. Basta baixar nosso cupom e apresentar na bilheteria do teatro para pagar meia-entrada.
Inspirada pelo livro “Ulisses”, do escritor irlandês James Joyce (1882-1941), o texto descrive um morador do subúrbio de uma cidade grande que sai de casa para cumprir seus compromissos e retornar ao lar. A aparente banalidade da narrativa problematiza a realidade contemporânea brasileira em sua cruel complexidade ao reconhecer a grandeza escondida nas pequenas coisas para denunciar a pequenez escondida nas coisas grandes.
A montagem não é uma adaptação de “Ulisses”, mas se apropria de seu método de criação. “Li a ‘Odisseia’ e fui traçando os paralelos e as diferenças do Odisseu de Homero e do Ulisses de Joyce e entendendo que eu estava criando um personagem que também atravessava uma saga. Me interessava que houvesse a ponte com o mito, mas estivesse dentro do contexto brasileiro contemporâneo, que eu vivenciava diariamente: a crise política, os protestos nas ruas, os problemas no transporte público, a violência policial e estatal, os valores tradicionais em contraposição às liberdades individuais, o preconceito sendo escancarado”, revela.
Outro elemento incorporado da “Odisseia” de Homero é a aproximação da peça com a tradição oral. “Antes de ser registrada de forma escrita, essa oralidade da ‘Odisseia’ devia possuir uma sonoridade própria. Fiquei pensando sobre isso e quis preservar essa característica. Assim, fiz uma associação com o rap e o hip hop, como se estes fossem os trovadores contemporâneos. Então, há trechos do texto que remetem ao jeito de cantar do Russo Passapusso, vocalista do Baiana System, do Criolo, de quem sou muito fã, de um artista talentosíssimo de Guarulhos, o rapper Edgar, e por aí vai”, esclarece.