Marina Melo lança segundo álbum em show gratuito no CCSP

29/08/2019 14:55 / Atualizado em 28/07/2020 14:41
30 de agosto de 2019

19h

Preço: Gratis
Local: CCSP – Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo – SP, Brasil
Mais informações:
Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
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A cantora e compositora paulistana Marina Melo se prepara o lançamento de seu segundo álbum. Com produção musical do experiente Chico Neves, o show de estreia está marcado para sexta, dia 30, às 19h, no CCSP. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados 2 horas antes na bilheteria – ah, cada pessoa pode retirar apenas um par.

Marina Melo lança seu segundo álbum
Marina Melo lança seu segundo álbum - Divulgação

Fruto de uma fase mais reflexiva da artista, o álbum passeia por composições que lidam com o cotidiano, as relações modernas. Tudo isso, Marina Melo faz sem perder o viés sociopolítico característico de suas letras, com foco nas várias nuances que podem assumir as relações humanas: se de um lado há canções que revelam intimidade e afeto, de outro há uma perplexidade perante o sentimento de ódio e suas consequências nefastas.

Com a proposta de aproximar pessoas e criar pontos de identificação entre elas, as letras da artista trazem assuntos comuns a todos, como o próprio fato de sermos humanos.  O repertório faz, ao longo das 10 faixas, um convite à reflexão sobre si e sobre as atuais configurações sociais.

Faixa a Faixa

“Comecei a me perguntar como era possível sermos tão semelhantes e, ao mesmo tempo, brutalmente diferentes”, conta a artista. “Tive vontade de fazer músicas que nos ajudassem a nos reconhecer no outro, porque, no fundo, todos queremos a mesma coisa: um tanto de paz, de dança e de risada”, completa fazendo referência a um dos versos de “Gente”.

Nessa proposta que busca por pontos de afinidade, além do primeiro single revelado, “Eita, Baby”, destacam-se faixas como “Pior que eu”, em que Marina mostra que é feita de contradições e busca afastar os ouvintes desse “lugar de nos acharmos as melhores pessoas do mundo versus o resto da humanidade”; e “Nuca”, que revela a ironia de que algumas das nossas características só são conhecidas por outras pessoas, como o gosto do próprio beijo e o cheiro da própria nuca. “Loukkk”, por sua vez, trata da relação/apego exagerado das pessoas com o celular (ela se refere ao aparelho como “benzinho”).

De modo leve, Marina Melo toca também em assuntos críticos e de grande importância coletiva. “Quem mandou matar”, por exemplo, evoca a necessidade que a cantora vê de que “possamos sair do nosso mundo particular e olhar ao redor, prestando atenção às vidas que têm sido machucadas (e exterminadas) por ódio”. Já “Ninguém aqui nasceu com ódio” busca colocar, gradativamente, o ouvinte no lugar dessas vidas que têm sido perdidas por intolerância.

A tracklist é complementada pelas faixas “Me diz”, “ Tudo que não sei dizer em português” e “Coisa melhor”, que também carregam o tom experimental que transmite a busca da cantora e do produtor por inventividade. A sonoridade de todo o trabalho teve como ponto de partida experimentos que Marina testava com um pedal de loop, violão e voz.

Com a tutela de Chico, o disco ficou ainda mais rico em camadas e percussão vocais, sintetizadores e todos os “efeitos incríveis”, como descreve a artista, que ele cria. “O Chico diz que o instrumento dele é o estúdio, então ele tem muitos recursos incríveis que estão ali no disco, desde percussões feitas com caixinha de óculos e som de poltrona até cordas do piano sendo diretamente tocadas, ao invés das teclas”, conta.