Pedro Paulo Rangel celebra 50 anos de carreira no palco do Sesc

11/03/2019 22:23 / Atualizado em 28/07/2020 14:44
Até de de
Quinta – Sexta – Sábado
– 20h30
Preço: Comprar
R$ 7,50 a R$ 25
Local: Sesc Pinheiros
R. Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP, Brasil
Mais informações:
Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
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Pedro Paulo Rangel, um dos maiores atores do Brasil, celebra bodas de ouro com a profissão. Agora com 70 anos de vida, o artista escolheu comemorar as cinco décadas de carreira levando ao palco o projeto “O Ator e o Lobo”. A peça, que conta com direção de Fernando Philbert, estreia no Sesc Pinheiros, em São Paulo, dia 13 de março.

Pedro Paulo Rangel estreia “O ator e o lobo” no Sesc Pinheiros
Pedro Paulo Rangel estreia “O ator e o lobo” no Sesc Pinheiros - Divulgação

O espetáculo fica em cartaz até o dia 6 de abril, com apresentações quinta, sexta e sábado, às 20h30. Os ingressos são vendidos por valores de R$ 7,50 a R$ 25.

O monólogo com título fabulesco foi construído por Rangel e Philbert tendo por base os textos do português António Lobo Antunes. O escritor, ganhador do Prêmio Camões, teve seu primeiro romance publicado há exatos 40 anos.

“Parece que os textos de Lobo Antunes foram feitos para serem ditos”, explica Pedro Paulo. “Ele cria situações, personagens, diálogos consigo mesmo… é instigante, um desafio. Difícil de fazer, mas muito gostoso”, finaliza.

Mas não apenas os escritos de Lobo Antunes compõem o espetáculo. Pedro Paulo Rangel, contador de histórias e cronista, mescla alguns textos seus aos do escritor, costurando Brasil e Portugal, palco e livro, narrador e personagens. Atravessa também gerações: Lobo Antunes, família e seus antepassados, e Pedro Paulo, com sua ascendência portuguesa, os avós de coincidente sobrenome Antunes.

Os 50 anos de carreira evocam, para Pepê, “muitas cicatrizes reais e imaginárias”. E uma nostalgia temperada com alguma amargura: “Essa profissão [de ator] já foi viável, hoje não é mais. Sucessivos desgovernos, desimportância da educação e da cultura… mas repito sempre o que alguém, não sei quem, disse: somos condenamos à esperança”.

Sobre Pedro Paulo Rangel

Sua estreia, no tenso ano de 1968, foi em Roda Viva, de Chico Buarque, direção de José Celso Martinez Correa, com Marieta Severo e Antonio Pedro. Mas, em retrospectiva, destaca as comédias dentre os gêneros teatrais em que atuou.

Na televisão, estreou em 1969, na Tupi, e em 1972, na Globo. Muitos personagens encenados por Pedro não saem da lembrança dos brasileiros. No depoimento ao site Memória Globo, conta que, curiosamente, só passou a se sentir confortável com o ritmo da TV na época do humorístico TV Pirata (1989-1992).