‘Um Passeio no Bosque’ propõe desarmamento entre homens
Peça tem 75% de desconto para leitores Catraca Livre e VilaMundo
- Até de de
- Sexta – Sábado – Domingo
– Às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h - Preço: Comprar
- R$ 10 (com desconto)
75% - Local: Cia. Elevador de Teatro Panorâmico
- R. Treze de Maio, 222 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01327-000, Brasil
- Mais informações:
- Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
Na atual época de intolerância e violência vivida no Brasil, o espetáculo “Um Passeio no Bosque“, do autor norte-americano Lee Blessing, propõe a ideia de “desarmamento” entre os homens. O texto ganha uma nova montagem dirigida por Marcelo Lazzaratto, na sede da Cia. Elevador de Teatro Panorâmico.
Com sessões sextas e aos sábados, às 21h; e domingos, às 19h, a peça segue em cartaz até 22 de dezembro. Os ingressos custam R$ 40, mas leitores Catraca Livre e VilaMundo que apresentarem esta matéria na bilheteria, garantem 75% de desconto.
O elenco é composto pelos atores Gustavo Merighi e Beto Bellini, que participou de uma montagem da mesma peça no começo dos anos 2000. Na época Beto fazia o papel do personagem mais jovem e Emílio Di Biasi (vencedor do Prêmio Shell naquele ano) fazia o papel do mais velho. Nesta montagem, Bellini tem a oportunidade de fazer o papel com o qual contracenava em 2000.
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Escrita em 1988, a peça revela o encontro entre dois diplomatas representantes de potências adversas em um bosque na Suíça, uma terra de neutralidade e perfeição cívica. Um deles é um russo com larga experiência diplomática e cético em relação ao próprio trabalho; o outro, um jovem americano idealista, com firme crença no poder da diplomacia e em sua habilidade pessoal.
O mais velho dos diplomatas está mais propenso a uma relação sem formalidades e usa os mais variados recursos para vencer os obstáculos em seu caminho. Já o jovem e menos experiente prefere o argumento direto e objetivo e um conhecimento menos íntimo e mais protocolar com o companheiro. As grandes questões da política internacional – a guerra ou a paz – são tratadas permanentemente pelos dois diplomatas, frustrando a ambos, pois o poder prefere utilizar-se delas em seu próprio benefício e segundo as conveniências do momento.
“É um texto da década de 1980, que discute a questão da Guerra Fria, do desarmamento nuclear. É impressionante como essa circunstância básica se mostra tão atual. É claro que não temos mais a Guerra Fria, mas, devido à polarização tão crônica que estamos vivendo sem o menor esforço a peça dialoga com o contemporâneo”, comenta o diretor Marcelo Lazzaratto.
A encenação é pautada no jogo entre os dois intérpretes. O diretor aposta na simplicidade cênica para trazer ao público a complexidade da relação entre os diplomatas.
“É uma peça muito simples no sentido da visualidade, mas essa simplicidade está ali para conter ou expor a complexidade do jogo, das relações e do quanto essa relação binária coloca quase em xeque mate a humanidade. Então, mais do que tentar reproduzir um bosque da Suíça, vou me apropriar de todo o espaço cênico para dar a poética da coisa. A dinâmica entre os atores vai se dando dentro da concretude daquela arquitetura. Isso oferece um dado de realidade que fortalece o jogo dos atores. E o imaginário fica por conta das palavras que nos remetem à Suíça, ao bosque, à Rússia, aos Estados Unidos e ao Brasil”, acrescenta.
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