33ª Bienal de São Paulo inova com tema ‘Afinidades Afetivas’

Maior evento de arte contemporânea do país convidou sete artistas para criar mostras coletivas com obras com as quais eles se identificam

Até 09 de dezembro de 2018

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Às terças, quartas, sextas, domingos e feriados, das 9h às 19h, e às quintas e sábados, das 9h às 22h.

Grátis

Site: bienal.org.br

Telefone: (11) 5576-7600

Considerado um dos eventos de arte contemporânea mais antigos do mundo, a Bienal de São Paulo chega a sua 33ª edição com uma proposta inovadora acerca do tema “Afinidades Afetivas”. A ideia é reunir obras que reflitam as afinidades artísticas e culturais de um time de artistas convidados pelo curador geral Gabriel Pérez-Barreiro.

O evento tem entrada grátis e acontece de 7 de setembro a 9 de dezembro, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, com visitação às terças, quartas, sextas e domingos, das 9h às 19h, e às quintas e sábados, das 9h às 22h.

Os sete curadores convidados – Alejandro Cesarco, Antonio Ballester Moreno, Claudia Fontes, Mamma Andersson, Sofia Borges, Waltercio Caldas e Wura-Natasha Ogunji – tiveram a total liberdade para conceber mostras coletivas a partir de trabalhos próprios e de outros artistas com os quais eles se identificavam. O tema foi inspirado no romance “Afinidades Eletivas” (1809), do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, e na tese “Da natureza afetiva da forma na obra de arte” (1949), do pernambucano Mário Pedrosa

As questões da repetição, da narrativa e da tradução direcionam a exposição “Aos nossos pais”, com curadoria de Alejandro Cesarco, uruguaio radicado nos EUA. A proposta é discutir como o passado paradoxalmente possibilita e frustra potencialidades no trabalho do artista e como essa história pode ser reescrita por ele.

Os convidados por Cesarco foram Andrea Büttner, Cameron Rowland, Sturtevant, Henrik Olesen, Jennifer Packer, John Miller, Louise Lawler, Matt Mullican, Oliver Laric, Peter Dreher e Sara Cwynar.

O espanhol Antonio Ballester Moreno propõe uma reflexão sobre a relação íntima entre biologia e cultura, com referências à história da abstração e sua interação com a natureza, a pedagogia e a espiritualidade, em “sentido/comum”. A curadoria reúne obras de Andrea Büttner, Escola de Vallecas (Alberto Sánchez, Benjamín Palencia), Friedrich Fröbel, José Moreno Cascales, Mark Dion, Matríztica (Humberto Maturana e Ximena Dávila) e Rafael Sánchez-Mateos Paniagua.

Em “O pássaro lento”, a argentina Claudia Fontes propõe uma seleção de trabalhos que refletem uma aproximação entre artes visuais, literatura e tradução. São convidados Ben Rivers, Daniel Bozhkov, Elba Bairon, Katrín Sigurdardóttir, Pablo Martín Ruiz, Paola Sferco, Roderick Hietbrink, Sebastián Castagna e Žilvinas Landzbergas. As obras de todos os artistas, exceto de Hietbrink, são comissionadas pela Bienal.

O tema da melancolia e da introspecção como modos de vida e sobrevivência pauta a exposição “Stargazer II”, da pintora sueca Mamma Andersson. Os artistas que a inspiram são Åke Hodell, Bruno Knutman, Carl Fredrik Hill, Dick Bengtsson, Ernst Josephson, Gunvor Nelson, Henry Darger, Ícones russos, Ladislas Starewitch, Lim-Johan e Miroslav Tichý.

Já a brasileira Sofia Borges convidou artistas para fazerem ativações de obras durante toda a bienal em “A infinita história das coisas ou o fim da tragédia do um”. São eles: Adelina Gomes, Ana Prata, Antonio Malta Campos, Arthur Amora, Bruno Dunley, Carlos Ibraim, Carlos Pertuis, Coletivo Summit (Alessandra Meili, Rebecca Sharp e Sofia Borges), Isaac Liberato, Jennifer Tee, José Alberto de Almeida, Lea M. Afonso Resende, Leda Catunda, Martin Gusinde, Rafael Carneiro, Sara Ramo, Sarah Lucas, Serafim Alvares, Sônia Catarina Agostinho Nascimento, Tal Isaac Hadad, Thomas Dupal, Tunga e Vicente.

Em “Os Aparecimentos”, as obras de autores de vários períodos são confrontadas com trabalhos do curador brasileiro Waltercio Caldas. Esses artistas são: Anthony Caro, Antonio Calderara, Antonio Dias, Armando Reverón, Blaise Cendrars, Bruce Nauman, Cabelo, Friedrich Vordemberge-Gildewart, Gego, Jorge Oteiza, José Resende, Miguel Rio Branco, Milton Dacosta, Oswaldo Goeldi, Richard Hamilton, Sergio Camargo, Tunga, Vicente do Rego Monteiro, Victor Hugo e Waltercio Caldas.

A nigeriana Wura-Natasha Ogunji convidou cinco mulheres de diferentes nacionalidades para criar obras inéditas que exploram o espaço e o lugar em relação ao corpo, à história e à arquitetura na mostra “sempre, nunca”. As convidadas foram Lhola Amira, Mame-Diarra Niang, Nicole Vlado, Ruby Onyinyechi Amanze e Youmna Chlala.

Além dessas sete mostras coletivas, a 33ª Bienal de São Paulo apresenta outras 12 exposições individuais de artistas escolhidos pelo curador geral. São eles: Aníbal López (1964-2014), Feliciano Centurión (1962-1996), Lucia Nogueira (1950-1998), Siron Franco, Alejandro Corujeira, Denise Milan, Maria Laet, Vânia Mignone, Nelson Felix, Bruno Moreschi, Luiza Crosman e Tamar Guimarães.

A programação ainda tem encontros, palestras, performances e ativações de obra que ocorrem nos vários espaços da 33ª Bienal de São Paulo. Confira aqui essas atrações.