Balé da Cidade homenageia David Bowie no Theatro Municipal

Espetáculo 'Danças e Quimeras' é composto pelas coreografias 'Deranged', 'Adastra', 'Trovador' e 'Epílogo: Um Ícone'

Até 15 de julho de 2018

Domingo - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado

De quarta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h.

O tradicional Balé da Cidade de São Paulo, que comemora seus 50 anos de trajetória, apresenta sua segunda temporada de 2018 no Theatro Municipal, entre 6 e 15 de julho, com sessões de quarta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h. O espetáculo “Danças e Quimeras” é composto pelas coreografias “Adastra”, “Trovador”, “Deranged” e “Epílogo: Um Ícone”. Os ingressos custam entre R$12 e R$80.

A primeira coreografia a ser encenada é a estreia mundial “Deranged”, do bailarino austríaco Chris Haring, que se inspirou na música “I’m deranged”, do camaleão David Bowie (1947-2016) e do produtor Brian Eno. A dança baseia-se no método desenvolvido pela companhia Liquid Loft, criada em Viena pelo coreógrafo. Essa estética transforma uma gravação de voz em sequências de movimentos.

As vozes dos 12 bailarinos da companhia foram mixadas pelo músico Andreas Berger com a canção original de Bowie, e essa gravação é reproduzida para os dançarinos no palco por meio de auto-falantes. Durante a coreografia, os intérpretes executam seus movimentos e sincronizam seus lábios ao som. Dessa forma, os corpos se transformam em “esculturas de stop motion”.

Já “Trovador”, que também é uma estreia mundial, é inspirada na figura dos artistas da Antiguidade que se expressavam por meio da criação e interpretação de poesia. A dança é assinada pelo coreógrafo brasileiro Alessandro Pereira, que atualmente está em residência na Companhia Dança Teatro da Dinamarca.

Em seguida, será apresentada a coreografia “Adastra”, de Cayetano Soto, que já faz parte do repertório do balé. A obra, que exige um grande preparo técnico dos bailarinos, é inspirada na luta de cada pessoa na busca de um sonho impossível.

O espetáculo ainda é composto por “Epílogo – Um Ícone”, de Ismael Ivo, diretor do Balé da Cidade de São Paulo. Nesta segunda homenagem a Bowie, as intervenções coreográficas são inspiradas no universo de “Space Oddity” e nas referências da era Glam Rock. A dança ainda evoca a figura andrógina de Ziggy Stardust, alter ego do cantor, e trata das relações pessoais do artista com as duas mulheres que marcaram a vida dele.

50 anos de dança

Fundado em 7 de fevereiro de 1968, o Balé da Cidade de São Paulo surgiu inicialmente com a proposta de acompanhar as óperas do Theatro Municipal e se apresentar apenas com obras do repertório clássico. Foi em 1974, sob a direção de Antonio Carlos Cardoso, que o grupo assumiu a dança contemporânea como linguagem.

Com alto rigor técnico, a companhia é reconhecida internacionalmente desde a sua primeira participação na Bienal de Dança de Lyon, na França, em 1996.