Drag queens retomam teatro de revista em apresentações gratuitas

"Vale a Pena Ver de Drag" é dirigido por um homem trans e apresenta cinco esquetes com drags queens contando cada uma a sua história

Nos dias

13/04 - 14/04
20/04 - 27/04 - 04/05 - 11/05 - 25/05 - 16/06 - 19/06

2019

Diversos horários, conferir programação.

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

As apresentações são gratuitas, exceto no Espaço Parlapatões, onde o ingresso custa R$10 (inteira); R$ 5 (meia-entrada).

Com o intuito de disseminar a potencialidade da cultura drag, construir alternativas à performance padronizada de baladas gays e retomar raízes da cultura drag e suas referências, o espetáculo “Vale a Pena Ver de Drag” entra em cartaz na cidade a partir de abril.

Retomando o gênero do teatro de revista, o elenco da peça é formado por cinco drag queens contando cada uma, uma história diferente e lúdica em esquetes distintas, mas sempre pautadas no protagonismo LGBT. A direção do espetáculo é assinada por Daniel Veiga, dramaturgo, diretor e ator trans. Entre os e as artistas que dão vida as cinco histórias, estão Salomé, Emerson, Leonardo, Beatriz e Letícia.

Já entre as esquetes apresentadas pelas drag queens no “Vale a Pena Ver de Drag”, estão as histórias de Georgyna Pysko, uma senhora de 84 anos com aparência de 30, devido a um feitiço, Leonna, mulher barbada dona de um circo extinto, que sofre de distúrbio de personalidade, Lyra D. Lírio, uma criatura fantástica, entre fada, elfa e duende que nasceu em um universo paralelo colorido, Maldita Geni, a encarnação de um espirito da hipocrisia humana, que vem para o mundo escancarar almas hipócritas, e Maldita Hammer, uma bruxa de 8975 anos, que nasceu no deserto Bãdiyat al-Shãm, na Síria, morta e mumificada na Babilônia.

Ao todo, o espetáculo “Vale a Pena Ver de Drag” faz nove apresentações em diversos lugares, como Oficina Cultural Oswald de Andrade, Casa 1, Casa da Luz e Espaço Parlapatões, entre abril e junho. Todas as apresentações têm entrada gratuita, exceto as sessões no Espaço Parlapatões, onde o ingresso custa até R$ 10. Confira a programação completa abaixo e a sinopse de cada esquete:

  • 1. Georgyna Pysko

    Georgyna Pysko
    Créditos: divulgação
    Georgyna Pysko

    Uma senhora de 84 anos com aparência de 30, devido a um feitiço. Nascida na Ucrânia, é filha de funcionários do governo soviético e veio fugida ao Brasil, na mesma época em que foi noticiado o sumiço de relíquias dos Romanov. Ex-modelo, falante de 9 idiomas, teve uma filha na juventude e perdeu a conta de seus casamentos. Acha que o bom gosto na moda parou nos anos 50 e ninguém sabe a origem de tantas joias que possui. Apesar de emitir opiniões de caráter duvidoso, diz ainda acreditar em alguns padrões de moral e ética, mas isto tende a diminuir conforme permanece viva e jovem por tempo indefinido.

  • 2. Leonna

    Leonna
    Créditos: divulgação
    Leonna

    Era dona e mulher barbada de um circo que já não existe mais. Ela sofre de distúrbio de personalidade e este se manifesta pela necessidade de
    se ligar a personagens, sendo sempre uma visão pessoal destes. Se ela tivesse uma irmã gêmea, com certeza seria a irmã má, pois não aceitaria que alguém fosse pior do que ela. Sempre da a opinião mais venenosa possível, não se sente bem quando tem de ser a mocinha indefesa. Na época de grande sucesso de seu circo, fez um pacto com um grupo de bruxas ciganas para se manter jovem para sempre.

  • 3. Lyra D. Lírio

    Lyra D. Lírio
    Créditos: divulgação
    Lyra D. Lírio

    Criatura fantástica, entre fada, elfa e duende. Lyra nasceu em um universo paralelo colorido, onde as artes circenses são ensinadas no ciclo básico das escolas e as pessoas são gentis e carinhosas. Chegou ao nosso universo após ser alvo do feitiço de uma bruxa e tem muita dificuldade de entender a maldade nas pessoas e a falta de lógica nas decisões humanas. Este mesmo feitiço fez com que Lyra permanecesse criança para sempre.

  • 4. Maldita Geni

    Maldita Geni
    Créditos: divulgação
    Maldita Geni

    “De tudo que é nego torto, do mangue, do cais do porto, ela já foi namorada” Geni na verdade é a encarnação de um espirito da hipocrisia humana, que vem para o mundo e escolhe uma pessoa que serve de martir e escancara as almas podres e hipócritas daqueles que a cercam. Enquanto isso não acontece, ela se diverte com as sensações e prazerem da vida humana.

  • 5. Maldita Hammer

    Maldita Hammer
    Créditos: divulgação
    Maldita Hammer

    Bruxa de 8975 anos, que nasceu no deserto Bãdiyat al-Shãm, na Síria e morreu e foi mumificada na Babilônia, dias antes de a cidade ser incendiada (o que, segundo ela, foi uma grande coincidência). Vaga pelo mundo durante eras, amaldiçoando pessoas e tirando fadas de seus habitats naturais por pura diversão. Cruel, ranzinza e entediada, Maldita Hammer atualmente cumpre pena por crimes mágicos, sendo obrigada a prestar serviços comunitários à sociedade não mágica (há boatos de que ela na verdade é uma reptiliana exilada, o que ela nega veementemente, às vezes se utilizando de força bruta e pistolas de raio laser para isso).

Programação Vale a Pena Ver de Drag

13/04 e 25/05, às 18h
Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro
Grátis

14/04, às 19h
Casa 1 – Rua Condessa de São Joaquim, 277
Grátis – com entrega de 1kg de alimento não perecível

20 e 27/04 e 04/05, às 23h59
Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação
R$ 10 (inteira); R$ 5 (meia-entrada)

11/05, às 19h
Casa no Meio do Mundo – Rua Itamonte, 2008 – Jd. Brasil
Grátis

16/06, às 18h
Casa da Luz – Rua Visconde de Mauá, 512 – Centro
Grátis

19/06, às 22h
Cabaret Santa Cecília – Rua Fortunato, 35 – Santa Cecilia
Grátis