Espetáculo ‘Vidas Secas’ retrata sertão nordestino através da música

Peça é uma adaptação do romance “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos

Por: Redação

Clássico da literatura brasileira, o livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, com 10 milhões de cópias e traduzido em três idiomas, ganhou uma releitura para os palcos paulistanos!

O espetáculo dirigido por Rafael de Castro leva um espetáculo que conta a vida dos personagens Fabiano, Sinhá Vitória, o Patrão, o Soldado e a cachorra Baleia
Créditos: divulgação
O espetáculo dirigido por Rafael de Castro leva um espetáculo que conta a vida dos personagens Fabiano, Sinhá Vitória, o Patrão, o Soldado e a cachorra Baleia

A história da família de retirantes nordestinos que luta para sobreviver em meio a tantas angústias e aflições, numa terra onde falta água, mas transborda esperança, agora é retratada no formato musicado, como uma cantata, com uma trilha sonora original que passa pelos mais diversos ritmos brasileiros, como forró, maracatu e cantigas de ninar.

O espetáculo “Vidas Secas – Uma Cantada Nordestina” trata-se de uma desventurada família com sonhos no gibão, que luta para sobreviver em meio a tantas aflições e angústias, numa terra onde falta água, mas transborda esperança.

No palco, seis atores interpretam os integrantes dessa família: Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos, o Patrão, o Soldado e a Cachorra Baleia – que é interpretada por um manipulador de marionetes. A peça é permeada por músicas, cantorias que ajudam os personagens a organizar e a contar a história em uma terra seca, neste sertão imaginário contido no inconsciente popular.

Com estética inspirada no cordel brasileiro, todo o universo sertanejo proposto por Graciliano Ramos toma vida nessa montagem inédita onde as personagens são vistas pela ótica do titereiro que conduz o jogo sem perder o brilhantismo da obra original.

“Vidas Secas – Uma Cantata Nordestina” ganhou o Prêmio Especial do Júri de pesquisa dramatúrgica com olhar para Infância e Juventude no XVII Festival Nacional de Teatro de Guaçuí.

A cachorra Baleia que é interpretada por um manipulador de marionetes
Créditos: Pamela Mendonça
A cachorra Baleia que é interpretada por um manipulador de marionetes

O espetáculo integra o projeto Território SESI-SP de Arte e Cultura, que visa incentivar e difundir a produção artística regional e fica em cartaz de sábado e domingo, até 8 de março, no Teatro Raul Cortez.

As sessões acontecem sempre às 15h e os ingressos custam até R$ 40 – e podem ser comprados por meio desse link aqui.

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