Festival Novas Frequências: curta música experimental e arte sonora

Edição online reúne 43 obras inéditas em múltiplas linguagens, feitas exclusivamente para a mostra. Dá uma olhada no que vai rolar:

Até 13 de dezembro de 2020

Todos os dias

Diversos horários (confira a programação)

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

Música experimental e arte sonora já são garantias do Festival Novas Frequências, que comemora sua primeira década de existência. E para a festinha deste ano, o evento ganha uma edição virtual, com várias outras linguagens artísticas, como videoarte, performances, curta-metragem, vídeo-ensaios, experimentos com som imersivo, podcasts e websites. Legal, né?

Você confere tudo isso no site do festival, entre os dias 1º e 13 de dezembro. Fique ligade na programação, pois as lives têm horários específicos. E o melhor de tudo: é de graça!

As Irmãs Brasil apresentam a performance “Pink” no Festival Novas Frequências
Créditos: Victor Curi - divulgação
As Irmãs Brasil apresentam a performance “Pink” no Festival Novas Frequências

O tema da edição é “X”, uma referência aos 10 anos da mostra, mas também se refere às ideias de indefinição, incógnita, oposição, ruptura, enfrentamento, negação, pluralidade, feminino, não-binarismo e outros conceitos discutidos no evento.

Com curadoria e direção de Chico Dub, a programação conta com 43 obras inéditas, feitas exclusivamente pelos artistas convidados.

A artista visual e radiofônica Lilian Zaremba criou uma releitura imagética para as canções “Loba” (1995) e “Naked Diva” (1998), compostas pela pianista Jocy de Oliveira, precursora em obras multimídia no Brasil e a primeira mulher a ter uma ópera encenada no Theatro Municipal de São Paulo. E as canções foram regravadas pela instrumentista de 84 anos especialmente para o festival.

Outro destaque é a atriz, dramaturga e diretora Grace Passô, que apresenta uma imaginação sonora para o clássico “Para Acabar com o Julgamento de Deus”, criado originalmente por Antonin Artaud – mestre do teatro da crueldade – como uma peça radiofônica.

A releitura cria uma reflexão sobre a noção de não-lugar de experiências diaspóricas. Esse trabalho, em parceria com os músicos Thelmo Cristovam, Maurício Badé e MahalPita, também será apresentado como uma instalação sonora na 34ª Bienal de São Paulo em 2021.

O escritor e cineasta João Paulo Cuenca apresenta a peça audiovisual “Descarrego”, em parceria com o músico e compositor Barulhista. Na obra, o autor apresenta uma releitura dos vídeos que tem produzido recentemente a partir de trechos de seu diário da quarentena. Esse material é sonorizado com composições inéditas dos dois artistas.

Você também não pode deixar de conferir a performance “Traquejos Pentecostais para Matar o Senhor”, da cantora evangelista, escritora, compositora e artista visual trans Ventura Profana, que tem seu corpo sonorizado, por meio de microfones de contato, pelo produtor musical e DJ Podeserdesligado. Enquanto isso acontece, são reproduzidos trechos da pregação da artista.

Já a performance “Pink”, das Irmãs Brasil, projeta narrativas de diversos locais do mundo, onde os direitos humanos são violados. E em um pequeno jardim em frente das paisagens bélicas, as travestis Viní Ventania e Vitória Jovem traçam estratégias de defesa e sobrevivência.

O Festival Novas Frequências tem várias outras atrações incríveis! Para conferir a programação completa do  é só clicar aqui.

Tem muitas outras dicas MARA na nossa Agenda. Dá uma olhada: