Maior festival de mulheres negras da América Latina chega a SP
Programação do 12º Festival Latinidades conta com mesas de debates, oficinas, música, feira e muito mais
Até 27 de julho de 2019
Terça - Quarta - Quinta - Sexta
Confira programação
Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento
Consolidado como o maior festival de mulheres negras da América Latina, promovendo diálogos fundamentais e um intercâmbio cultural entre estados brasileiros e países, o Festival Latinidades faz sua estreia em São Paulo.
Pela primeira vez uma edição inteira acontece fora de Brasília, onde o evento vem sendo realizado há mais de uma década.
Mais do que um festival, a iniciativa tem sido uma plataforma de impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
O Latinidades pauta o fortalecimento de identidades, da formação política e técnica, do empreendedorismo e estímulo à produção artística, cultural e intelectual de mulheres negras.
A programação oferece mesas de debates, vivências, oficinas, shows, feira e, principalmente, muita reflexão.
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Programação do Latinidades
A abertura do festival conta com a força dos tambores femininos do bloco Ilú Obá De Min.
As mesas e debates trazem como convidadas intelectuais, pesquisadoras, ativistas, escritoras e produtoras culturais.
Entre os destaques, está a mesa “Na luta é que a gente se encontra! Tema: antirracismo e lutas por direito“. Nesta mesa, rola uma troca de experiências entre ativistas com trajetórias diversas na defesa de direitos e na ação antirracista, em diálogo também com gente indígena.
Participam: Marivaldo Pereira (PSOL – Distrito Federal/Brasil), Lúcia Xavier (Criola – Rio de Janeiro/Brasil), Ivana Leal (MNU – Goiânia/Brasil), Sonia Guajajara (APIB – Imperatriz/Brasil) e Douglas Belchior (Uneafro e PSOL– São Paulo/Brasil).
A mesa “Chega mais, parente! ‑ Diálogos com masculinidades negras” também se faz importante dentro do festival. Racismo, machismo, sexismo são alguns dos assuntos debatidos a partir das experiências de homens negros homo e heterossexuais, cis e transgêneros.
Participam: Túlio Custódio (sociólogo – São Paulo), Spartakus Santiago – (youtuber/publicitário – Rio de Janeiro), Lam Mattos (Ibrat – São Paulo), Sidney Santiago (Cia Os Crespos – São Paulo) e Roger Cipó (fotógrafo/educador – São Paulo).
Toda a programação pode ser conferida no site do Festival Latinidades.
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Reintegração de Posse e mulheres negras
A edição de 2019 se apresenta sob o tema “Reintegração de Posse“. Uma inspiração que vem da historiadora, multiartista e ativista Beatriz Nascimento, do quilombo urbano Aparelha Luzia e da sua idealizadora, Erica Malunguinho.
Reintegração de Posse é o tema pensado para refletir sobre tudo aquilo que foi contribuição da população negra nas ciências, na tecnologia, nas artes, na política e em todos os campos do conhecimento e, assim construir, coletivamente, caminhos para o futuro livre de racismo, sexismo, LGBTfobia e outras formas de opressão.
O Latinidades coloca em evidência a produção de conhecimento de mulheres negras e a sua importância na sociedade. Ao mesmo tempo em que denuncia o racismo e machismo e as condições a que são submetidas no continente africano e na diáspora.
A concentração de atividades ocorre na semana de 25 de julho, data estabelecida como o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha desde 1992.
A Feira Latinidades funciona no decorrer de todo o evento, que acontece entre os dias 23 e 25 de julho, no CCSP, e traz diversas empreendedoras negras do Afrolab, projeto da Feira Preta. Toda a programação do festival tem entrada gratuita e a participação está condicionada à inscrição prévia pelo site do festival.
No dia 27, o evento encerra com a Festa Latinidades na Casa Natura, com muita música e moda afro. A atividade é a única com cobrança de ingressos, que chegam a custa até R$ 60 e podem ser comprados neste link.
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