Mostra de Cinema de Ouro Preto celebra a cultura brasileira
Evento virtual e gratuito tem filmes, música, masterclass e debates. Saiba como conferir tudo:
Até 28 de junho de 2021
Segunda - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo
Em diversos horários (consulte a programação)
Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento
A Mostra de Cinema de Ouro Preto chega à 16ª edição! Ainda que remotamente, o festival volta a ser espaço para encontros do audiovisual brasileiro, tendo como cenário a charmosa cidade de Ouro Preto. A transmissão gratuita acontece pelo site oficial do CineOP. Você não vai perder, né?
Durante seis dias, de 23 a 28 de junho, o público pode assistir filmes, lives musicais e até trocar experiências com grandes nomes do segmento. Além de participar do programa de formação, que oferece oficinas, masterclasses internacionais e debates temáticos!
A programação está estruturada em três frentes temáticas: Preservação, História e Educação. Cada um desses assuntos possui uma equipe de curadores e o tema central da edição de 2021 é “Memórias entre diferentes tempos”.
A Mostra de Cinema de Ouro Preto tem, em sua vocação, o olhar para o passado em busca de reflexões para o presente. O atual cenário do audiovisual brasileiro, comprometido pela pandemia de Covid-19 e pelas políticas públicas, estimulou propostas conjuntas dos curadores.
Francis Vogner dos Reis e Cléber Eduardo são os responsáveis pela Temática Histórica. A ideia é refletir no ontem o que está acontecendo agora. Assim, eles escolheram olhar para o cinema brasileiro da década de 1990, para pensar sobre o presente, 2021.
As produções da Temática Histórica revelam ao público esse recorte. São eles “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” (Carla Camuratti, 1995), “Lamarca” (Sérgio Rezende, 1994), “Carmen Miranda: Bananas Is My Business” (Helena Solberg, 1995) e “Baile Perfumado” (Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1997), entre outros.
A Temática Preservação está sob tutela da dupla de curadores Ines Aisengart Menezes e José Quental. O desafio de voltar à década de 1990 foi entender como a preservação avançou neste momento de mudanças de tecnologia, da película para o vídeo e o digital, e o trato do material fílmico, com a retomada das produções.
Entre os destaques desse tema está o documentário “O País de São Saruê” (Vladimir Carvalho, 1971). O longa aborda as secas constantes na região de Rio do Peixe, na Paraíba, e é exibido em sua versão restaurada fotoquimicamente no final da década de 1990 pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB).
Yvonne NG é a convidada do dia 24 de junho para a masterclass “Registrar É Lutar: O Audiovisual Como Ferramenta Na Luta Por Direitos”. Ela é responsável pelo acervo da WITNESS, que promove o audiovisual como ferramenta na luta pelos direitos humanos.
Dia 25 de junho, às 16h, Ricardo Alfonso Cantor Bossa, diretor da Cinemateca de Bogotá, é o convidado da masterclass “O Audiovisual E A Educação Na Cinemateca De Bogotá”. A apresentação destaca ainda o histórico da instituição e da relação com instituições brasileiras.
Na Temática Educação, as curadoras Adriana Fresquet e Clarisse Alvarenga propõem discussões por meio das mesas e fóruns com educadores brasileiros e convidados internacionais – formas possíveis de aprendizado audiovisual em tempos de pandemia e ensino a distância.
O retorno aos anos 90 se dá por que foi justamente nesta década que surgiram câmeras de filmar mais leves e acessíveis. Isto, somado ao contexto social e político da época, possibilitou uma série de propostas formativas envolvendo o cinema e os movimentos sociais no Brasil.
Três sessões de curtas-metragens compõem esse tema. Uma delas é formada por títulos brasileiros feitos em resposta à chamada aberta do evento, com foco exatamente nos Processos de Criação Audiovisual e Metodologias de Ensino. As outras duas envolvem filmes realizados nos programas chilenos Escuela al Cine e Proyecto Cero de Conducta.
A masterclass realizada por Natalia Mardones apresenta o programa Escuela al Cine. Esta é uma iniciativa da Cineteca Nacional de Chile, que tem por objetivo formar públicos escolares para o cinema feito no país. O encontro é dia 25 de junho, às 9h.
No site da CineOP é possível conferir uma galeria online com fotografias tiradas em Ouro Preto – MG. É a exposição “Meu Cartão Postal de Ouro Preto”, com fotos que traduzem os olhares sobre a cidade nos aspectos culturais, sociais, patrimoniais e arquitetônicos.
Além de tudo isso, estão programadas live shows imperdíveis! Tem apresentações de Regina Souza e Sérgio Pererê, Maurício Tizumba e Everton Coroné, Zélia Duncan e Flávio Venturini. O público também confere a exibição do espetáculo teatral surrealista “A Lua Vem da Ásia”, idealizado por XChico Diaz. Saiba tudo neste link aqui.
A 16ª Mostra de Cinema de Ouro Preto nos ensina a valorizar o que o Brasil tem de melhor: nossa cultura! Confira a programação para não perder nada.
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