Avenida Paulista de ponta a ponta: atrações para todos os gostos

São muitas atividades diferentonas para curtir gratuitamente ou pagando pouco! Confira:

O circuito cultural da Avenida Paulista é um dos rolês mais democráticos da cidade. A região tem uma programação praticamente inesgotável de eventos e atrações para pessoas de todos os perfis, bolsos e tribos.

Para provar que isso é verdade, a Agenda Catraca Livre preparou uma listinha com exposições e cinema para você aproveitar nos próximos dias.

Confira várias dicas de programas para fazer na avenida mais famosa da cidade
Créditos: Acima: Reprodução-Portal Tourb/Monique Renne | Abaixo: Pedro Vannucchi/ Bruno Fernandes
Confira várias dicas de programas para fazer na avenida mais famosa da cidade

Vem saber mais:

  • Petra Belas Artes

Um dos cinemas mais queridinhos de SP fica ali na região da Avenida Paulista. É o Petra Belas Artes, que vem resistindo bravamente ao tempo, desde 1956 – com alguns percalços no caminho! Inclusive, em 2013, o espaço teve sua fachada tombada pelo patrimônio histórico estadual.

É o lugar perfeito tanto para assistir aqueles clássicos que povoam o imaginário dos cinéfilos de plantão, como “Mephisto” (1981), de István Szabó, ou “Apocalyspe Now: Final Cut” (1979), de Francis Ford Coppola, quanto para acompanhar a produção alternativa.

Cine Petra Belas Artes funciona com todos os protocolos de segurança das autoridades sanitárias
Créditos: Divulgação
Cine Petra Belas Artes funciona com todos os protocolos de segurança das autoridades sanitárias

Esse lugarzinho especial também tem a proposta de valorizar os títulos latino-americanos, incluindo os brasileiros! Bora enaltecer essas cinematografias? É só ficar ligado(a) na programação por este link aqui.

  • Reserva Cultural

Outro local icônico para visitar na Avenida Paulista é o Reserva Cultural, cinema instalado no prédio da Gazeta, entre as estações Trianon-Masp e Brigadeiro, da Linha verde do Metrô.

Reserva Cultural é um dos cinemas de rua mais tradicionais da capital
Créditos: Divulgação
Reserva Cultural é um dos cinemas de rua mais tradicionais da capital

Além de ter acesso a uma programação diferente, com bastante foco nos filmes franceses, o público pode se deliciar no bistrô ou no café e ainda adquirir verdadeiras pérolas da literatura e da Sétima Arte em uma simpática livraria. Acompanhe a programação neste link aqui.

  • Japan House

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Terças a Sextas, das 10h às 18h
Sábados, das 9h às 19h
Domingos e feriados, das 9h às 18h

Grátis

Site: japanhouse.se

Telefone: 031-711 11 04

Com o propósito de aproximar os brasileiros da cultura nipônica, a Japan House mantém uma programação bem diversificada e gratuita. Com suas exposições, palestras e seminários, o centro cultural já explorou aspectos como design, esportes, arquitetura, cotidiano, literatura e arte japonesas. A instituição até mantém um clube de leitura!

Jaoan House promove a aproximação do público brasileiro com o Japão
Créditos: Rogério Cassimiro/ Divulgação
Jaoan House promove a aproximação do público brasileiro com o Japão

TECNOLOGIA EM MOVIMENTO POR XIBORG 

Até dia 26 de fevereiro, você confere a mostra iniciativas japonesas para a diversidade e inclusão, no esporte, por meio do trabalho de Ken Endo – engenheiro japonês que desenvolve tecnologia de ponta na área de próteses para corrida, que um panorama da área por meio de exemplares de lâminas, cronologia de seu desenvolvimento, vídeos, também como a possibilidade dos visitantes exercitarem a empatia por meio da experimentação de uma prótese desenvolvida pelo engenheiro.

A exposição da Japan House São Paulo aborda as iniciativas de inclusão no Japão por meio de próteses de alta performance para corrida
Créditos: Reprodução / Japan House
A exposição da Japan House São Paulo aborda as iniciativas de inclusão no Japão por meio de próteses de alta performance para corrida

Para que sua visitação seja o mais agradável possível e você evita filas, o espaço recomenda um agendamento antecipado online, saiba mais aqui!

  • MASP

Fundado em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand (1892-1968), o MASP foi o primeiro museu moderno brasileiro. Com mostras permanentes e de longa duração, a instituição se define como diversa, inclusiva e plural, cuja missão é estabelecer, de maneira crítica e criativa, diálogos entre passado e presente, culturas e territórios, a partir das artes visuais.

Desde 2017, o MASP tem se destacado por explorar múltiplas narrativas, fora do eixo tradicional. Temas como “histórias da sexualidade” (2017), “histórias afroatlânticas” (2018) e “histórias feministas/histórias das mulheres” (2019) nortearam as exposições de cada ano. O museu foi o primeiro do país a ter uma curadora indígena. Desde 2020, a arte-educadora e artesã Sandra Benites, da etnia Guarani Nhandeva, assume o posto de curadora adjunta de arte brasileira.

ACERVO EM TRANSFORMAÇÃO 

Anualmente, o MASP reorganiza suas obras, os trabalhos são expostos nesta sessão em cavaletes de cristal — placas de vidro encaixadas em um bloco de concreto. Os cavaletes de cristal ficam dispostos em fileiras na sala ampla, livre de divisórias, do segundo andar do museu. Retirar as obras da parede e colocá-las nos cavaletes possibilita um encontro mais próximo do público com os trabalhos, e o visitante pode caminhar entre as obras, como em uma floresta de obras, que parecem flutuar no espaço.

A ideia original dos cavaletes de Lina Bo Bardi permitem outra relação com cada obra.

Obras parecem flutuar com os cavaletes projetados por Lina Bo Bardi
Créditos: Eduardo Ortega/ divulgação
Obras parecem flutuar com os cavaletes projetados por Lina Bo Bardi

MADELENA SANTOS REINBOLT: UMA CABEÇA CHEIA DE PLANTAS 

É a primeira exposição individual dedicada à obra da artista baiana Madalena Santos Reinbolt. Embora tenha trabalhado também em pintura, a artista é reconhecida por seus complexos bordados construídos com centenas de vibrantes linhas de cores — os chamados “quadros de lã”. Neles, Reinbolt representou a vida cotidiana no campo e na cidade, repleta de personagens negros: encontros, festas, celebrações, religiosidades, refeições coletivas. Em cartaz até 26 de fevereiro.

Exposição reúne 44 trabalhos, entre pinturas e tapeçarias, e é acompanhada de uma publicação editorial dirigida integralmente à Madalena Santos Reinbolt, com imagens e ensaios inéditos
Créditos: Reprodução/Portal Arte!Brasileiros
Exposição reúne 44 trabalhos, entre pinturas e tapeçarias, e é acompanhada de uma publicação editorial dirigida integralmente à Madalena Santos Reinbolt, com imagens e ensaios inéditos

JUDITH LAUAND: DESVIO CONCRETO 

Esta é a maior exposição dedicada à obra da artista brasileira Judith Lauand, que em 2022 completou 100 anos de vida e mais de sete décadas de produção. “Judith Lauand: desvio concreto”, disponível no MASP até 02 de abril, revisita a trajetória da artista que foi a única mulher a participar do grupo Ruptura, que reuniu de modo pioneiro artistas interessados em desenvolver a arte concreta no Brasil. A obra de Lauand muitas vezes foi negligenciada pela crítica de arte e deixada em segundo plano. Uma retrospectiva de sua trajetória pretende ainda fomentar novas pesquisas e debates em torno de sua produção.

A mostra aborda novas perspectivas em sua obra, reforçando a presença de questões políticas como a repressão da ditadura militar no Brasil, a guerra do Vietnã e a condição da mulher na sociedade brasileira, quando a artista atravessa temas como violência, sexualidade, submissão e liberdade feminina.

  • Itaú Cultural

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Terça a Sábado, das 11h às 20h
Domingo e Feriado, das 11h às 20h

Grátis

Desde 1987, o Itaú Cultural realiza ações para democratizar o acesso à cultura. A programação desse centro cultural envolve exposições, teatro, cinema, debates e música – e tudo gratuito. E, claro, bem na Avenida Paulista!

Além disso, o espaço dedica-se à pesquisa e produção de conteúdo para o mapeamento, o incentivo e a difusão de manifestações artístico-intelectuais. É um lugar indispensável para saber o que se tem produzido de arte brasileira.

ESPAÇO OLAVO STEUBAL 

Dois andares do Itaú Cultural preservam uma exposição permanente. Nos pisos 4 e 5 estão representados cinco séculos de história do Brasil, com obras pertencentes a duas coleções específicas do maior acervo de arte de uma companhia privada da América Latina: Brasiliana Itaú e Itaú Numismática.

Espaço Olavo Setúbal reúne acervo permanente
Créditos: Divulgação
Espaço Olavo Setúbal reúne acervo permanente

Os visitantes encontram pinturas, desenhos, aquarelas e têmperas, gravuras, mapas, manuscritos de literatura, documentos, periódicos, livros, caricaturas, moedas, medalhas, condecorações, objetos, barras de outro e muitos outros itens que marcaram o cotidiano do país ao longo desse tempo.

Está tudo separado em nove módulos: “O Brasil Desconhecido”, “O Brasil Holandês”, “O Brasil Secreto”, “O Brasil dos Naturalistas”, “O Brasil da Capital”, “O Brasil das Províncias”, “O Brasil do Império”, “O Brasil da Escravidão” e “O Brasil dos Brasileiros”.

UM SÉCULO DE AGORA 

Em cartaz até 02 de abril, essa exposição tem como ponto de partida os cem anos da Semana de Arte Moderna de 1922 – um dos mais importantes eventos para a arte e a cultura brasileira –, a exposição, além de celebrar o momento histórico, propõe expandir os horizontes e trazer novas narrativas para este século.

Mostra apresenta 25 artistas e coletivos
Créditos: Reprodução / Portal DasArtes
Mostra apresenta 25 artistas e coletivos

Com uma curadoria compartilhada por três mulheres – Júlia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena –, “Um século de agora” apresenta um panorama atual da arte e da cultura produzida no Brasil. São 25 artistas e coletivos com diferentes vivências e experiências em territórios sociais, culturais, políticos e geográficos, manifestando-se por meio de múltiplas linguagens – colagem, desenho, escultura, fotografia, instalação, performance, pintura e videoarte –, mas, sobretudo, expondo obras e projetos realizados ou concluídos em 2022 – ou seja, no agora.

  • Sesc Avenida Paulista

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Terça a sexta, das 10h às 21h30
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30

Grátis

Site: sescsp.org.br

Telefone: (11) 3170-0800

Outro lugarzinho para ter acesso a uma programação diversificada e acessível é o Sesc Avenida Paulista. Vale muito a pena ficar atento(a) ao site da instituição, sempre atualizado com as novidades. No espaço costumam acontecer exposições, espetáculos de teatro e dança, shows, atividades esportivas e muito mais.

Sesc Avenida Paulista
Créditos: Roberto Assem - Divulgação
Sesc Avenida Paulista

MIRANTE

Localizado no 17º andar, é possível apreciar uma vista privilegiada da Avenida Paulista e observar pontos conhecidos da cidade de São Paulo.
O espaço conta com uma horta, na qual são cultivadas hortaliças, ervas e temperos. Demais! Também são oferecidas atividades voltadas à prática da agricultura urbana.

Mirante Sesc Paulista
Créditos: Reprodução / Portal Sesc Paulista
Mirante Sesc Paulista

A visita contempla também o acesso ao Café Terraço, com cardápio pensado exclusivamente para ampliar a experiência do visitante. É necessário realizar o agendamento prévio para visitar este andar, saiba todos os detalhes aqui.

BIBLIOTECA

Possui um amplo acervo para empréstimo que conta com obras de literatura brasileira, estrangeira, quadrinhos, poesia e artes, além de conteúdos que contemplam as principais áreas de atuação do Sesc, como meio ambiente, esportes e saúde. No espaço são disponibilizados jornais e revistas para a leitura local, além de equipamentos especializados para leitores com deficiência visual. Cada pessoa pode retirar até cinco livros, pelo período de 14 dias, com direito a três renovações. No entanto, é preciso ter a Credencial Plena para usufruir dessa maravilha. Não deixe de levar um documento com foto.

 

  • Centro Cultural FIESP

Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

De quarta a domingo, das 10h às 20h

Grátis

Outro lugar incrível para se jogar na Avenida Paulista é o Centro Cultural FIESP. Espere por exposições, peças de teatro e shows gratuitos – dependendo da atração é necessário reservar o seu ingresso. Confira a programação completa do FIESP aqui!

CIDADES LÍQUIDAS

Você tem até o dia 23 de abril para conferir a exposição “Cidades Líquidas”, do fotógrafo Gustavo Minas, que reúne fotografias impressas em diferentes suportes, inclusive, projetadas em tecido sobre a transitoriedade das cidades e as transformações das relações sociais e culturais – a “modernidade líquida”, definida por Bauman.

Saca só que interessante: Minas captura minuciosamente várias camadas das realidades, definidas por diferentes necessidades pessoais de múltiplos grupos socioeconômicos. Do homem branco executivo que se fecha em um automóvel de luxo, até a diarista que leva horas para se locomover por meio de transporte público lotado. Dos lugares construídos para garantir, em nome do medo e da segurança, o isolamento e a desumanização nas relações sociais e culturais.

  • IMS Paulista

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

De terça a domingo e feriados, das 10h às 22h

Grátis

Site: ims.com.br

Telefone: (11) 2842-9120

Cineteatro, biblioteca, gastronomia, livraria e muitas exposições. Você encontra tudo isso no IMS Paulista, espaço em funcionamento desde 2017. É um reduto perfeito para os amantes de fotografia e cinema.

Sem contar que o edifício é lindíssimo! São nove andares, todos com pé-direito duplo e tudo realizado a partir de conceitos sustentáveis. O projeto até ganhou o prêmio de melhor obra de arquitetura em São Paulo, concedido pela APCA.

MORDERNA PELO AVESSO

Em cartaz até 26 de fevereiro, a exposição apresenta um ensaio visual sobre a produção fotográfica no Brasil durante a Primeira República, com foco no processo de urbanização de algumas das principais cidades à época: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Belém.

Fotos do “bota-abaixo” e da derrubada do Morro do Castelo, que reformulou a paisagem carioca, a transformação do Recife Velho, a festa do Centenário da Independência, cenas de trabalho infantil no cinema silencioso e o olhar para o cotidiano nas ruas de Belém, Recife e São Paulo mostram um processo de modernização contraditório e lacunar. “Moderna pelo avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930” mostra sofisticação estética e pés descalços, construção e destruição, avanço e paralisia.

XINGU: CONTATOS

Até 9 de abril, o público pode visitar a exposição “Xingu Contatos”, a casa de populações tradicionais que enfrentam há séculos inúmeras formas de intervenção e violência e inspiram a luta pelos direitos dos povos originários. Esses movimentos foram acompanhados por uma profusão de imagens: de registros de viajantes europeus a documentos de expedições do Estado brasileiro, da extensa cobertura na imprensa à revolução desencadeada nos últimos anos pelo audiovisual indígena.

À frente, na bancada, da esquerda para a direita: Teseya Panará, Kanhõc Kayapó, Raoni Mẽtyktire e Tutu Pombo Kayapó, dentre outros, ocupam auditório da liderança do PMDB nas negociações do capítulo dos indígenas na Constituinte, Brasília, 31.05.1988
Créditos: Beto Ricardo
À frente, na bancada, da esquerda para a direita: Teseya Panará, Kanhõc Kayapó, Raoni Mẽtyktire e Tutu Pombo Kayapó, dentre outros, ocupam auditório da liderança do PMDB nas negociações do capítulo dos indígenas na Constituinte, Brasília, 31.05.1988

O espaço de convivência traz uma seleção de livros e filmes de autoria sobretudo indígena. Com pufes e tapetes espalhados pelo chão, é um local de acolhimento para adultos e crianças usufruírem o tempo e conhecerem um pouco mais sobre as culturas dos povos originários, e conta com mediadores para conversar com o público e incentivar fruição, leitura e interação.

Cantar Nginhene
Créditos: Danirampe
Cantar Nginhene

E tem mais programinhas imperdíveis acontecendo em SP. Veja: