‘Ocupação Eduardo Coutinho’ celebra obra do cineasta no IMS Rio

Exposição reúne fotografias, trechos de filmes, objetos pessoais, cartazes, depoimentos e outros documentos

Até 21 de fevereiro de 2021

Todos os dias

Terça a sexta, das 13h às 16h | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 13h30 (é obrigatório agendar sua visita)

Site: ims.com.br

Telefone: (21) 3284-7400

Responsável por revolucionar a linguagem dos documentários, o cineasta Eduardo Coutinho (1933-2014) ganhou, em 2019, uma bela homenagem em forma de exposição do Itaú Cultural, em São Paulo. E agora a “Ocupação Eduardo Coutinho” também pode ser conferida pelos cariocas no IMS Rio até 21 de fevereiro de 2021.

A mostra é gratuita e pode ser conferida de terça a sexta-feira, das 13h às 16h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 13h30. É obrigatório agendar previamente sua visita por meio deste site aqui.

Eduardo Coutinho é um mestre do documentário brasileiro!
Créditos: Acervo Eduardo Coutinho / IMS
Eduardo Coutinho é um mestre do documentário brasileiro!

#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? ❤


Com a proposta de apresentar aspectos da vida e da obra desse mestre do documentário brasileiro, a mostra reúne fotografias, trechos de filmes de Coutinho, objetos pessoais, cartazes, depoimentos e outros documentos.

A curadoria é assinada pelo jornalista e pesquisador Carlos Alberto Mattos, em parceria com os núcleos de Audiovisual e Literatura e Memória e Pesquisa do Itaú Cultural. No entanto, noa parte dos itens exibidos na exposição pertencem ao acervo do IMS.

Olha que legal essa foto da montagem da exposição!
Créditos: Laura Liuzzi
Olha que legal essa foto da montagem da exposição!

Você pode conferir, por exemplo, o roteiro de “Cabra Marcado para Morrer” (1984), a câmera usada nas gravações desse filme, a máquina de escrever portátil dele e vários cadernos de anotações – que serviam como a principal ferramenta de Eduardo Coutiho para produzir seus documentários.

Outro destaque é uma icônica cadeira usada pelo cineasta durante a gravação do poético documentário “Jogo de Cena” (2007), que mistura depoimentos de várias mulheres sobre suas vidas e encenações de atrizes famosas – como Fernanda Torres, Marília Pêra e Andréa Beltrão – para as mesmas histórias.

Coutinho em seu filme “O Fim e o Princípio”.
Créditos: Tuca Vieira
Coutinho em seu filme “O Fim e o Princípio”.

Também é possível conferir os três primeiros filmes de Coutinho, produzidos nos anos de 1950, quando ele ainda estudava na França, um material extremamente raro! São eles: o curta de ficção chamado “Le Téléphone”; o documentário não concluído “Saint-Barthélemy”; e “La Maison du Brésil, o registro encenado do cotidiano da Casa do Brasil, onde ele estava hospedado.

Outros temas evocados pela mostra são a infância e a família, a relação com o teatro e a paródia e aspectos que tornam a obra do cineasta única.

Olha que legal esse bate-papo que rolou na abertura da Ocupação Eduardo Coutinho:

Um pouquinho sobre o mestre

Um dos documentaristas brasileiros mais importantes, Eduardo Coutinho começou sua carreira na ficção como roteirista de “A Falecida”, “A Garota de Ipanema”, “Lição de Amor” e “Dona Flor” e diretor dos filmes “O Homem Que Comprou o Mundo” e “Faustão”.

Eduardo Coutinho revolucionou a linguagem dos documentários no Brasil
Créditos: Zeca Guimarães
Eduardo Coutinho revolucionou a linguagem dos documentários no Brasil

Graças ao trabalho na TV, começou a flertar com os documentários ao realizar reportagens para o programa Globo Repórter, desbravando o interior do Brasil. O primeiro filme desse gênero que marcou sua carreira foi “Cabra Marcado para Morrer” (1985), que ele tinha começado a gravar em 1964 e foi interrompido pela Ditadura Militar.

Depois desse marco, vieram vários outros grandes documentários como “Santo Forte” (1999), “O Fio da Memória” (1991), “Edifício Máster” (2002), “Peões” (2004), “O fim e o Princípio” (2005), “Jogo de Cena” (2007), “Moscou” (2009), “Um Dia na Vida” (2010) e “As Canções” (2011).

O último filme de Coutinho, “Últimas Conversas” (2015), foi lançado depois de sua morte e finalizado por João Moreira Salles.

Para a sua segurança:

O IMS Rio adotou as medidas necessárias, de acordo com protocolos criados pelas autoridades sanitárias, para garantir a segurança. Por isso, durante a visita é obrigatório o uso de máscaras de proteção.

Além disso, uma equipe será responsável por aferir a sua temperatura corporal e não será permitida a entrada de pessoas com febre acima de 37,5ºC ou sintomas de Covid-19. O espaço também funciona com a capacidade reduzida.

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