Aposentado usa arte para superar Parkinson
Há seis meses, o aposentado Luiz Azevedo, 77 anos, recebeu o diagnóstico: Parkinson, doença degenerativa que afeta o sistema neurológico, danifica a coordenação motora e provoca tremores, entre outras dificuldades.
Morador de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, ele buscou tratamento no Centro Municipal de Reabilitação. E foi lá que, com ajuda da terapeuta ocupacional Fernanda Luppino, ele descobriu que tinha um talento: a pintura.
“Eu sugeri a ele pintar uma tela para exercitar a coordenação motora e treinar alguns movimentos”, conta Fernanda. “Nós começamos o primeiro quadro, ele gostou, foi distribuindo para os parentes. E está sempre querendo começar novas telas.”
“Me sinto muito bem, muito bem mesmo”, afirmou o aposentado ao “Diário do Litoral”. “Meus quadros são relacionados com o mar. Eu estou perto do mar. É uma inspiração.”
A mulher, Solange, percebeu que ele “está com autoestima elevada, anda bem, não treme”. Mas ressalva: “Óbvio que os remédios também não podem faltar. O milagre não é só a terapia. A medicina também é importante”.
Com a coordenação motora melhorando, Fernanda sugeriu a Luiz uma exposição para compartilhar sua história. “Mesmo com toda dificuldade, ele conseguiu aprender uma nova atividade e ser feliz com aquilo.”
Os quadros ganharam uma exposição no Espaço Gabinete de Leitura, no centro historio de Itanhaém. “Essa é a primeira de muitas. Se Deus quiser”, diz Luiz.
Por QSocial
*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.