Descubra porque Dunedin, na Nova Zelândia, foi nomeada cidade da literatura

Berço de grandes inscritores neozelandeses, cidade inspira qualquer mente criativa

Dunedin é uma cidade de estreias. Um centro de aprendizado, artes, cultura, herança escocesa e agora carrega o título de Cidade Criativa da Literatura –a primeira e única cidade da Nova Zelândia a receber a chancela.

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Fachada da Universidade de Otago, em Dunedin[/img]

1 – Em boa companhia 
Berço de alguns dos maiores escritores neozelandezes, incluindo os poetas Charles Brasch e Thomas Bracken –autor do hino nacional, a aclamada escritora Janet Frame e Hone Tuwhare, o poeta laureado de 1999 a 2001, Dunedin vem cultivando suas raízes criativas por séculos.

Uma das cidades e colônias mais antigas da Nova Zelândia, Dunedin foi lar da tribo ancestral Mori Ni Tahu e destino de imigração escocesa em massa em 1848. Foram os escoceses que trouxeram a literatura de Robbie Burns para Dunedin –evento celebrado até hoje com a estátua do poeta que ocupa um espaço de destaque no Octagon, no centro da cidade.

 

A influência escocesa é tão forte, que restaurantes e bares servem haggis (prato tradicional da culinária escocesa) e uísque escocês e o sonido das gaitas de fole estão sempre presentes.

2 – Talento literário
Muitos escritores e artistas talentosos buscaram inspiração no rico caldeirão de cultura Mori, pacífica, europeia e asiática que se mistura pela cidade. Uma filial da Sociedade de Autores da Nova Zelândia (New Zealand Society of Authors) floresce na cidade e relevantes escritores são reconhecidos na Calçada dos Escritores.

 

As publicações também têm papel essencial na presença de Dunedin no mundo da literatura. No século 19, os negócios da cidade eram líderes em impressão, fabricação de papel e publicação. A cidade é berço do primeiro jornal diário do país, o “The Otago Daily Times”, publicado até hoje.

3 – Centro para o Livro
Estabelecido em 2012, o Centro para o Livro (Centre for the Book) da Universidade de Otago é um espaço para as pessoas explorarem a história do livro e das publicações. Como sempre acontece em Dunedin, o passado é entrelaçado com o futuro e o centro oferece uma plataforma para investigação das inovações e novas formas de publicação e distribuição do livro.

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Público durante uma das edições do 24-hour Regent book sale[/img]

5 – Teatro e literatura
O Fortune Theatre, em Dunedin, abriga uma das mais profissionais companhias de teatro e trabalha em parceria direta com o escritor neozelandês Roger Hall. A cidade tem vários espaços para performance teatral e seu próprio Globe Theatre, que já recebeu trabalhos de James K Baxter, um dos poetas mais proeminentes da Nova Zelândia. Outros teatros incluem o Mayfair, na região sul, o Playhouse Theatre e o Regent, que promove um evento de venda de livros que dura 24 horas.

6 – Eventos literários
Diversos eventos literários recheiam a cidade de cultura ao longo do ano. Eles incluem o Dunedin Writers and Readers Festival (Festival de Escritores e Leitores); a 24-hour Regent book sale (venda de livros 24 horas); National Poetry Day celebrations (celebrações do Dia Nacional da Poesia); New Zealand Book Month; (Mês do Livro da Nova Zelândia); Children’s Storylines Festival (Festival de Histórias para Crianças) e a Robert Burns Poetry Competition.


7 – Muita inspiração
Ao visitar Dunedin e a região de Otago não é difícil ver como elas podem inspirar tantas mentes criativas. Abrigadas nos braços de um longo cone vulcânico, Dunedin se encaixa confortavelmente no porto de Otago.

As praias ao redor são inúmeras e espetaculares enquanto, logo além dos limites da cidade, a bela península de Otago é um refúgio para populações de animais e projetos líderes em sustentabilidade. Com algumas das mais raras espécies do mundo, a península tem uma colônia de albatrozes reais e outros tantos animais em programas de reprodução em locais protegidos.