Nova tendência cresce entre os viajantes: viajar por um propósito

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O que você escolheria? Uma cidade, um país ou um propósito?[/img]

Cada vez mais, a busca não é por um destino, mas sim por um significado. Atrás de algo que possa motivá-los ou transformá-los de alguma maneira, estes viajantes tendem a não se importar tanto com a fama de um país ou cidade, mas sim com as experiências únicas que a vivência naquele determinado local podem gerar. Seja estando em contato com os moradores locais, incorporando a cultura deles ou ainda assimilando os contrastes de cada região, eles irão vivenciar algum tipo diferente de realidade que poderá muito bem mudar a forma como enxergam o mundo e, por que não, a si próprios.

O sentimento de estar apenas de passagem pelo local não é algo que faz tanto sentido para quem faz ou quer fazer uma viagem como essa. O que existe é a vontade de deixar uma marca, a sensação de que você irá fazer algo pelas pessoas daquele lugar, a possibilidade de você poder usar aquilo que você gosta e sabe para ensinar e aprender. Ou seja, a atração é causada por uma mistura de aprendizado, descobertas e autoconhecimento.

 

Por isso, é comum também que este viajante opte por conhecer um local mais remoto ou pouco explorado, já que as chances de você entrar em contato com uma cultura típica, puramente endêmica, são muito maiores. Nitidamente, o que prevalece nessas regiões são valores e crenças específicos de um determinado grupo que, felizmente para a diversidade do planeta, sobreviveu e se fortaleceu graças aos costumes locais. E aí está um dos grandes objetivos (propósitos, se você preferir) dessas viagens: estar em contato o desconhecido. Justamente porque é no desconhecido que nos deparamos com as incertezas e adversidades.

 
Créditos: Photographer: Felipe Rondelli Dj
 

Pra citar algumas regiões que simbolizam essa busca, não precisamos ir muito longe. As cidades da América Latina são extremamente ricas culturalmente, principalmente quando se tem a chance de conhecer os vilarejos e povoados locais, os quais sempre cativam pela receptividade. A possibilidade de poder ajudar essas pessoas é uma chance para compreender não só as raízes do continente, como também o que podemos fazer para diminuir suas desigualdades.

A uma distância “um pouco” maior –o que talvez explique porque são lugares tão fascinantes para nós– as cidades do Sudeste e Centro Asiático encantam por ainda preservarem hábitos, crenças e tradições milenares. Os tipos de organização e costumes são tantos que locais vizinhos muitas vezes não falam o mesmo idioma. Não à toa, está se tornando cada vez mais comum ouvir falar de anos sabáticos por aquelas bandas, seja em uma cidade exótica na Índia, num vilarejo isolado no Nepal ou em uma ilha paradisíaca na Tailândia. Há de fato uma forte tradição religiosa nestes lugares, representada pela diversidade de crenças e idealizada na intensa fé das pessoas, o que atrai aqueles viajantes em busca de alguma experiência de autoconhecimento.

 

Da mesma maneira, a África talvez seja o lugar mais surpreendente no que se refere àquela frase que diz: quando viajamos, criamos uma visão maior sobre o mundo em que vivemos.  Muito porque, diferente da percepção estreita que normalmente se tem sobre o continente, suas cidades são únicas, suas belezas incomparáveis e a alegria das pessoas comovente.

Não que não seja possível vivenciar experiências assim em grandes cidades ou locais mais turísticos, muito pelo contrário. Mas neles você sempre estará mais “vulnerável” ao contato com os mesmos valores e tradições de onde você nasceu e cresceu ou até mesmo com pessoas que têm a mesma origem, principalmente se tratando dos grandes centros ocidentais.

 

De qualquer forma, independente do lugar que você vá, basta entender que, assim como aquele é um mundo novo para você, você é um mundo novo para aquelas pessoas. Uma realidade distante da delas, mas que graças a sua presença, elas têm a oportunidade de conhecer. E, assim, usando seus talentos para ajudá-las e compartilhando suas paixões com novos amigos, você verá que um propósito maior já foi alcançado.

Por Worldpackers