Página reúne perfis de paulistanos ‘invisíveis’

O perfiSPaulistanos, da jornalista Karin Salomão, conta as histórias das pessoas que estão nos bastidores da metrópole

11/03/2014 15:25 / Atualizado em 04/05/2020 14:22

11 253 503. Esse é aproximadamente o número de pessoas que vivem em São Paulo. A maioria delas nunca vai se conhecer. E cada uma pode esconder uma boa história. Foi nisso que a estudante de jornalismo Karin Salomão acreditou quando criou o perfiSPaulistanos.

“Edison Cabral trabalha no Edifício Martinelli há 12 anos. Começou na portaria, passou a segurança e a supervisor geral da segurança. Dois anos atrás, foi promovido a relações públicas e guia de visitação. Em dez minutos – ou mais, dependendo da plateia – conta a história de vida do empreendedor italiano que dá nome ao prédio.”
“Edison Cabral trabalha no Edifício Martinelli há 12 anos. Começou na portaria, passou a segurança e a supervisor geral da segurança. Dois anos atrás, foi promovido a relações públicas e guia de visitação. Em dez minutos – ou mais, dependendo da plateia – conta a história de vida do empreendedor italiano que dá nome ao prédio.”

O site surgiu como um projeto de conclusão de curso que Karin apresentou para a Escola de Comunicações e Artes da USP. Ele reúne um conjunto de perfis de paulistanos e paulistanas que, segundo a autora, “são pessoas invisíveis, que atuam nos bastidores e a gente não vê”.

A jornalista reuniu histórias como a de Petrônio, o simpático atendente do balcão do Bar do Estadão, Adão, o responsável pela manutenção das praças e jardins da zona oeste, e Seu Geraldo, o zelador da Catedral da Sé, que nunca havia dado sequer uma entrevista. “Encontrar esses personagens era muito difícil, já que eles são pouco ou nada conhecidos”, conta a autora. “E como a maioria nunca tinha falado com ninguém da imprensa, eu mesma ia conhecendo eles aos poucos.”

Os 17 perfis coletados para o projeto ajudaram Karin a se formar, mas a deixaram com vontade de continuar. O plano é publicar um perfil por semana e revelar novos personagens para o público. “Eu andei bastante pela cidade e conheci algumas histórias, mas São Paulo é muito grande e diversificada, a gente anda e passa por essas pessoas sem saber que elas existem. Ninguém sabe direito do que é feita essa mistura de pessoas diferentes, interessantes e invisíveis. E tem muito que falar sobre o invisível da cidade”, conclui a jornalista.

*segundo o IBGE.