Sozinho, homem planta uma floresta maior que 3 parques Ibirapuera
Sempre podemos fazer mais pelo ambiente. Claro que há muito mérito em cultivar uma pequena horta urbana, por exemplo. Mas o que dizer sobre dimensões de feitos sustentáveis quando, sozinho, um homem planta uma floresta maior que o Central Park de Nova York?
Parece coisa de filme. Também é, na verdade, já que virou tema de documentários como Forest Man (homem-floresta), dirigido por William McMaster e que foi premiado até no Festival de Cannes, em 2014. Em cerca de 20 minutos – há duas versões, uma de 23 e outra de 16 minutos –, o filme sintetiza uma história que completará 40 anos em 2019.
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Jadav Payeng vive nas terras de Assam, no norte da Índia. Naquela região, o desmatamento de anos a fio deu cabo da biodiversidade na ilha de Majuli, a maior fluvial do mundo, banhada pelo rio Brahmaputra.No final da década de 1970, Payeng ainda era adolescente quando, orientado pelos anciãos de sua aldeia, resolveu ajudar a recuperar o verde da ilha.
Se tivesse dado ouvidos a autoridades locais, talvez nem começasse a empreitada: elas lhe disseram que nada além de bambu cresceria no solo já infértil daquelas cercanias.
Ele plantou bambu também. Mas não só. Aos poucos, todos os dias, recompôs a riqueza natural de cerca de 550 hectares de terra, ou 5,5 quilômetros quadrados, uma área maior que a do Central Park (3,41 km²) e equivalente a mais de três parques Ibirapuera.
Sua iniciativa em muito beneficiou a fauna do lugar. Tigres, elefantes e rinocerontes reencontraram ali seu habitat, e isso graças a um único homem. Nada mais justo que incorporar a floresta ao nome pelo qual é conhecido e que dá título ao documentário premiado.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.