7 gafes mais comuns durante uma entrevista de emprego
Você enviou seu currículo e foi um dos selecionados para a entrevista da vaga que você tanto quer. Depois de seguir nossas dicas para ficar mais calmo, chegou a hora de conversar com o entrevistador. Você está realmente pronto?
Milie Haji, gerente de R&S da Cia de Talentos, fala sobre as maiores gafes que os recrutadores vivenciam nos processos seletivos. Com essas informações você se prepara e não cai nessas armadilhas. Confira:
1) Olho no olho
“Faça contato visual com o entrevistador, recrutador, gestor, seja lá quem estiver te entrevistando. Parece brincadeira, mas já tivemos finalistas que foram reprovados porque não olharam para o gestor da vaga! É importante fazer esse contato, criar empatia mostra que você está prestando atenção e tem interesse. Também tivemos casos de candidatos que ficavam olhando para o seu próprio reflexo no vidro da janela enquanto respondiam as perguntas do recrutador… Vamos combinar que não dá, né?” comenta Milie.
2) Mentira tem perna curta
Já falamos aqui que alguns comportamentos podem simplesmente arruinar sua entrevista que foi tão difícil de conseguir. Mentir está sempre no topo desta lista.
“Mentir sobre o nível do inglês ou sobre ter passado por uma experiência em que na verdade, foi o amigo que passou são situações muito delicadas e que em algum momento virão à tona! De que adianta pedir que um amigo faça o teste por você se em algum momento esses conhecimentos serão colocados à prova? Aqui o preparo é a melhor dica! Sem esforço, não há conquistas” conclui a recrutadora.
3) Esteja sempre bem informado
Algumas situações tragicômicas fazem parte do dia a dia dos recrutadores, Milie conta sobre uma muito comum: “A próxima armadilha é a falta de preparo: não estudar sobre a empresa pode te levar a caminhos sem volta! Como? Imagine que a pergunta seja: Com qual dos nossos produtos você mais se identifica? E pasmem! A resposta é o produto de um concorrente. Parece brincadeira, mas não é! Esse tipo de situação é mais comum do que você imagina. Outra gafe é falar errado o nome da empresa ou dizer, por exemplo, que quer construir carreira internacional, sendo que a empresa não tem operação no exterior. Então, quando dizemos para estudar sobre a empresa, sobre o negócio, a área e as principais notícias, a gente só quer te ajudar, tá?”
4) Acalme os nervos
Parece bobeira, mas não é. O nervosismo pode arruinar a entrevista tão sonhada de um candidato. “A gente sabe que ser entrevistado não é uma situação muito confortável. Mas, ficar se mexendo na cadeira, chacoalhando os pés, coçando a cabeça, batendo na mesa, também não vai ajudar! Se este for seu caso, treine antes na frente do espelho, se grave pelo celular ou webcam. Hoje, temos inúmeros recursos que você pode usar para se aperfeiçoar e tentar manter a calma nestes momentos”, diz Millie.
5) Cuidado com exemplos que você conta
Mille relata algumas situações que já vivenciou, ou de recrutadores que passaram por elas: “Contar que, para se sair de uma situação difícil em um intercâmbio, ‘deu de presente’ uma camisa do Brasil para um guarda, não é legal! Dizer que seu maior exemplo de superação foi o de levantar um supino de 50kg, também não vai ajudar o recrutador a identificar suas competências. O melhor diante de uma pergunta de superação ou dificuldade é lembrar de momentos acadêmicos ou profissionais. Pode ser uma situação pessoal? Pode! Mas, tome cuidado com seus exemplos. Muitas vezes uma situação pessoal pode ser delicada a ponto de ter tanto envolvimento emocional que o candidato começa a chorar e não consegue se recompor’ comenta a recrutadora das situações que chegam a ocorrer”.
6) Falar mal pra quê?
Justificar que você quer sair de uma empresa falando mal de quem trabalhou contigo não é uma boa opção. Sobre isso Milie comenta: “A gente sabe que nem tudo são flores, mas ética acima de tudo! É preciso cuidado, para não falar mal do chefe, do ex-chefe ou da antiga empresa e fazer da entrevista uma sessão de desabafo, ou passar a impressão que a única coisa boa daquela empresa era você. É necessário ter consistência para falar sobre o que te desmotivava ou o porquê mudar de empresa é importante para seu novo momento”.
7) “Conhece a ti mesmo“
A recrutadora orienta: “E por último, e talvez o mais importante: autoconhecimento. Prepare-se para contar a sua história e seus principais momentos de carreira é um momento decisivo. É saber se ‘vender’ para a posição. Se conhecer é tão importante que evitará muitos erros que citei acima. Assim, não se candidatará para posições que não tem a ver com você, não trará exemplos que não são seus, conseguirá controlar e vencer o nervosismo e mandará muito bem nos processos seletivos”.