Alunos de escola pública lançam satélite em órbita

Por Patrícia Gomes

27/08/2012 13:45 / Atualizado em 12/03/2013 10:59

Eles não são doutores do MIT, não trabalham para a Nasa, nem fazem pós graduação em um programa milionário de alguma das agências espaciais espalhadas pelo mundo. A turma, que há quase dois anos estuda técnicas para construir uma peça aeroespacial e maneja tecnologia específica para lançar um satélite em órbita, o Tancredo I, é formada por meninos e meninas de 12 anos da Escola Municipal Presidente Tancredo Neves em Ubatuba, São Paulo. Sim, 12 anos. Estão no oitavo ano do ensino fundamental e vêm, principalmente, da comunidade de baixa renda vizinha à escola.

DivulgaçãoOs meninos foram apresentados à função de cada componente, aos conceitos de eletrônica, de eletricidade estática e aprenderam a soldar segundo as especificações da Nasa
Os meninos foram apresentados à função de cada componente, aos conceitos de eletrônica, de eletricidade estática e aprenderam a soldar segundo as especificações da Nasa

Sem que soubessem, porém, um mundo de oportunidades iria se abrir a partir de fevereiro de 2010, quando uma notinha publicada em uma revista de ciências caiu nas mãos do professor de matemática Candido de Moura. O texto falava que uma empresa na Califórnia estava vendendo kits que permitiam a construção de satélites de pequenas dimensões e que, depois de pronta, a peça poderia ser lançada no espaço.

Os meninos foram apresentados à função de cada componente, aos conceitos de eletrônica, de eletricidade estática e aprenderam a soldar segundo as especificações da Nasa – no espaço, a variação de temperatura e a radiação são fatores que exigem cuidados a mais no processo. Com a construção do satélite em andamento, nove dos alunos participantes foram aos EUA, no mês passado, conhecer a empresa fornecedora do kit e a Nasa. Leia a matéria na íntegra no Porvir.