App conecta motoristas e passageiras mulheres nas ruas de SP

Semelhante ao Uber, Lady Driver foi criado após episódio de assédio sexual vivido pela idealizadora do aplicativo

25/05/2017 12:13

Uma pesquisa recente, divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, aponta que 86% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de assédio. Tem a quinta maior taxa de feminicídio – crime de ódio resultante da opressão e assassinato de mulheres motivado por um fator determinante: o machismo.

E neste cenário pautado pela violência e medo, a tecnologia se apresenta como importante aliada no combate à perseguição sofrida pelas mulheres em todo o país. Gabriela Correa é parte deste retrato. Em 2016, ao chamar um táxi por aplicativo, foi assediada pelo motorista. Episódio que a motivou a buscar uma resposta para aquela violência, evitando que outras mulheres passassem pela mesma situação.

Assim surgiu o aplicativo Lady Driver, um dispositivo de mobilidade urbana criado para atender especificamente mulheres: passageiras e motoristas. “Além das passageiras, descobri que as motoristas também se sentiam muito carentes por esse serviço. Elas não se sentiam acolhidas nos aplicativos comuns”, justificou Gabriela em entrevista à Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.

Desde sua criação, a Lady Driiver conta com 15 funcionários e mais de 2 mil motoristas cadastradas. Para chegar nesse número, foram atrás de mulheres que buscavam mais segurança em suas corridas.

Igualdade de gênero no mercado e independência financeira 

Para se tornar um colaborador da empresa, o Lady Driver exige alguns pré-requisitos para a aprovação. Assim, todas as profissionais cadastradas devem ter carteira de motorista com a declaração EAR (exerce atividade remunerada), o veículo deve possuir ar condicionado, ter quatro portas e com ano de fabricação acima de 2008. Além disso, a empresa também pesquisa os antecedentes criminais da mulher. Confira a matéria completa no site da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.