Cor de 2020 corre risco de desaparecer, alerta ONG
Classic Blue corre o risco de desaparecer da natureza em função da poluição
Todos os anos, uma tonalidade é escolhida pelo Pantone Color Institute. Mas a cor de 2020 está em risco.
Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.
O Classic Blue tornou-se a cor dos próximos 12 meses. Para a diretora-executiva do instituto, Leatrice Eiseman, é um “azul evocativo sem limites do vasto e infinito céu noturno”.
Para o WWF Hungria, a tonalidade tem perdido lugar para o cinza, no tom mais próximo da poluição do ar. E foi dessa forma que a ONG retratou o céu em sua campanha.
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Ela “lança luz à fragilidade dos nossos ecossistemas”, explicou a diretora de comunicação da ONG, Csaba Klacsán. “Por trás de cada cor há uma natureza viva, que respira. É nossa obrigação protegê-la.”
A campanha ganhou as redes sociais com a hashtahg #SaveClassicBlue.
E não ficou só na retórica ou no ambiente virtual: os pôsteres da campanha são capazes de absorver a poluição do ar. Assim, a mídia é um canal para transmitir a mensagem e uma tecnologia para trazer de volta para os céus o azul clássico.
A foto da campanha é de Wade Tregaskis. A peça foi elaborada pela agência White Rabbit e contou com brasileiros em sua criação.
Cor do ano
Hoje é o azul clássico. Antes disso, a cor do ano foi o Living Coral, um laranja/coral vivo.
Daí nasceu a parceria entre a ONG e a agência. Juntas, criaram a primeira campanha, em referência aos corais marinhos, sob a hashtag #KeepLivingCoral.
Há 20 anos, o Pantone Color Institute seleciona uma cor, que influencia o desenvolvimento de produtos e decisões de compra em diferentes áreas – design, moda e decoração, por exemplo.
Em 2014, a tonalidade escolhida foi Radiant Orchid. No ano seguinte, Marsala, derivada do vinho. Rose Quartz se tornou a cor de 2016, e Greenery – “um tom fresco, moderno, amarelo-esverdeado, que evoca os primeiros dias da primavera”, a de 2017. Ultra Violet reinou em 2018.
Para o WWF Hungria, as escolhas, inspiradas na natureza, representam “muito mais do que apenas uma cor”. Elas lembram que tonalidades, cenários, sabores e impressões dependem da condição do ambiente.