Em campanha, caminhoneira trans diz como ultrapassou preconceito
Série realizada pela Shell Rimula apresenta a história de Afrodite, de 70 anos, que assumiu sua identidade de gênero em um meio dominado pelo machismo
Nesta longa estrada da vida, há muitos caminhos para vencer obstáculos. Que o diga Afrodite. Não a deusa grega do amor, da beleza e da sexualidade. Porém, a procura por essas três coisas tem tudo a ver com a trajetória da caminhoneira trans que adotou esse nome ao ultrapassar as barreiras do preconceito.
Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.
Uma campanha desenvolvida pela agência Wunderman para a Shell Rimula, a marca de lubrificantes para caminhões da Shell, conta agora essa história. Ou a saga de Afrodite Almeida Araujo, de 70 anos. Que nasceu Heraldo. Mas, há três anos, encontrou enfim sua verdadeira direção.
A campanha faz parte da série “De Causo em Causo”, que apresenta histórias inspiradoras que têm como pano de fundo as boleias dos caminhões.
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No mais recente filme da campanha, a caminhoneira trans fala da própria jornada rumo à diversidade. Nela, passou por dois casamentos – tem uma filha e uma neta de 18 anos –; foi pastor e até militar.
Quando assumiu o vestido, o salto alto e a maquiagem, enfrentou hostilidades de outros caminhoneiros. Mas sabia que não podia ficar mais na encruzilhada. Assim, acelerou em busca de uma vivência plena.
E, aqui, falamos mesmo de amor, beleza e sexualidade. Que o diga Afrodite, a caminhoneira trans que assumiu o comando da própria identidade.
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