Apenas no primeiro quadrimestre de 2023, o mercado de beleza brasileiro teve uma alta de 30% nas vendas e cresceu cerca de 560% nos últimos cinco anos. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
Com isso, as empresas de beleza querem acelerar a agenda ESG. Para isso, um dos objetivos é diminuir o uso de plástico e tornar as embalagens dos produtos 100% recicláveis. Essa decisão, se deve ao fato de que até 40% das emissões de gases do efeito estufa estão ligadas a embalagens.
A iniciativa demonstra preocupação do setor com o impacto que causa no meio ambiente. Com isso, as empresas estão começando a entender que precisam mudar hábitos, principalmente porque os consumidores exigem isso. Hoje, por exemplo, muitas pessoas não adquirem produtos testados em animais e essas iniciativas movimentam a indústria a buscar alternativas.
Para atingir o objetivo, as empresas apostam nos três “Rs”: reduzir, reutilizar, reaproveitar e reciclar. Dessa forma, a mudança passa por toda a cadeia de produção, desde a matéria prima ao produto final. Além disso, a indústria precisa fazer escolhas do início ao fim, para realmente criarem ações ESG. Dados da Bain & Company mostram que atualmente, apenas 7% das empresas cumprem todas as metas de sustentabilidade.
Em suma, as empresas de beleza têm boas intenções para acelerar a agenda ESG nesse setor e essas transformações são extremamente necessárias. É preciso pensar em ações efetivas para que os impactos causados pelas indústrias no meio ambiente e na sociedade sejam revertidos ou diminuídos o mais rápido possível.
As organizações também têm um papel importante na conscientização dos consumidores que ainda estão alheios a esses impactos. Muitas pessoas cobram posturas diferentes das marcas, porém outras ainda não entendem a importância da reciclagem e consumo consciente, por exemplo, e para o ESG ser realmente efetivo é necessário a colaboração de todos.
