Bahia joga com camisa 24 contra homofobia no futebol

Ação será repetida em mais duas partidas nesta semana, pelo campeonato estadual 

Em parceria com qsocial
29/01/2020 11:23

Ontem, o volante Flávio, do Bahia, entrou em campo com a camisa 24. A ação tem como objetivo lutar contra a homofobia no futebol e no país.

Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.

Contra a homofobia, Bahia usará camisa 24 em três partidas
Contra a homofobia, Bahia usará camisa 24 em três partidas - Divulgação

O 24 é associado pejorativamente à homossexualidade. No jogo do bicho, representa o veado.

“O número 24 não é nada mais que um número e, se eu quiser usar, vou usar. As pessoas tem que ter respeito ao próximo, independentemente do número que usar. Com respeito, vamos ter um mundo melhor”, disse Flávio, após a partida.

O Bahia venceu o Imperatriz por 2 a 0, na segunda rodada da Copa do Nordeste. O time lidera o grupo A.

O volante Flávio entra em campo com a camisa 24
O volante Flávio entra em campo com a camisa 24 - Divulgação

O clube, com a ação, também presta homenagem a Kobe Bryant, da NBA, que morreu em um acidente aéreo no domingo. O jogador usava a camisa 24 nos Lakers.

A campanha, que recebeu o nome de Número do Respeito, será repetida em mais dois jogos na semana: hoje (29/1), contra o Bahia de Feira, e domingo (2/2), contra o Jacuipense, ambos pelo campeonato estadual.

Ação também é homenagem ao jogador Kobe Bryant, que usava 24 no Lakers
Ação também é homenagem ao jogador Kobe Bryant, que usava 24 no Lakers - Felipe Oliveira/EC Bahia

Homofobia no futebol

No início do ano, o volante colombiano Víctor Cantillo teve de deixar de usar a camisa com esse número. Contratado pelo Corinthians, ele teve de adotar o 8 nas partidas.

Desde 2018, o clube abraça campanhas contra preconceitos como machismo, racismo e homofobia.

O presidente do clube, Guilherme Bellintani, defende que o futebol pode tanto acentuar racismo, agressões, violência e intolerância quanto “espalhar cultura, afeto, sensibilidade e melhoria das relações humanas”.

“Achamos que os clubes têm de escolher se serão canais de amor ou ódio. Escolhemos o amor”, afirmou.