Marca cria ação para melhorar atendimento de trans em salões

Pantene se uniu ao Dresscode Project para treinar funcionários e montar uma rede de estabelecimentos amigos da população LGBTQ+

Em parceria com qsocial
19/11/2019 16:59

As visitas de pessoas trans aos salões de cabeleireiro são, quase sempre, traumáticas e acompanhadas de preconceito.

Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.

Campanha busca aprimorar atendimento recebido por pessoas trans em salões de beleza
Campanha busca aprimorar atendimento recebido por pessoas trans em salões de beleza - Divulgação

Ao notar isso, a Pantene decidiu agir. E criar dias melhores para todos.

Nasceu assim uma campanha da marca de produtos de beleza no Reino Unido, em parceria com o Dresscode Project. O objetivo: criar uma rede de salões de beleza e de barbearias que atendam a população LGBTQ+.

A ação inclui o treinamento de funcionários que trabalham nos salões.

Também envolve um filme, que tem como embaixadora a jornalista e ativista Paris Lees. Outras personalidades trans que fazem parte da peça são a Miss Universo Espanha 2018, Angela Ponce, a escritora Travis Alabanza e a estilista e modelo brasileira Lea T.

A mensagem é a de que o cabelo é um importante significador da identidade. Está ligado à confiança e à feminilidade, na avaliação de Paris.

Segundo a marca, no Reino Unido, para cada unidade de produto vendida na rede Superdrug, serão doados 5 centavos de libra ao projeto. A iniciativa vai até 3 de dezembro.

A estilista brasileira Lea T é uma das personalidades que apoiam a campanha
A estilista brasileira Lea T é uma das personalidades que apoiam a campanha - Reprodução/YouTube

Também será doado o mesmo valor por compartilhamento do vídeo da campanha com a hashtag #PowerOfHair, até o limite de 3.000 libras. É preciso taguear a @PanteneUK nos posts.

Trans nos salões

A ideia surgiu depois de a P&G, detentora da marca, realizar uma pesquisa com 200 transgêneros e pessoas não binárias.

O resultado: 93% delas se sentiam ansiosas ao visitar um salão e saíram de lá sem o “cabelo dos sonhos” por maus-tratos.