A agenda ESG tem crescido muito no Brasil nos últimos anos. Prova disso é que, 78,4% das empresas afirmaram elaborar as estratégias dos negócios baseados na sigla. Esse número corresponde aos entrevistados do estudo “Como está a sua Agenda ESG?”, realizado em uma parceria entre o Pacto Global da ONU no Brasil, Stilingue e a consultoria Falconi.
Em 2024, se espera um aumento significativo nas estratégias alinhadas aos princípios de meio ambiente, social e governança. Isso ocorre, também, porque 83% dos brasileiros consideram importante e valorizam a atuação das marcas para minimizar impactos negativos no meio ambiente e construir um mundo mais justo e responsável. O dado é de pesquisa do Google com a empresa MindMiners.
Confira as 3 principais tendências de ESG para o ano que vem:
1- Ações afirmativas, de diversidade e inclusão
As novas regras da B3 para promover diversidade e representatividade nas empresas, trazem um novo panorama para o mundo dos negócios. Atualmente, já é mais do que necessário ter uma marca diversa em todos os aspectos e os consumidores e investidores exigem essas medidas. De acordo com dados da pesquisa “Oldiversity: Impactos da Diversidade e Longevidade para Marcas e Negócios” do Grupo Croma, 67% dos entrevistados passam a admirar marcas que apoiam a diversidade.
Segundo estudo realizado pela pesquisadora Lina Nakata, da Fundação Instituto de Administração, menos de 10% das empresas brasileiras possuem políticas de diversidade. Porém, pesquisa realizada pela Korn Ferry sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), mostrou que não basta apenas investir em representatividade, é preciso ir em uma das raízes do problema e ser diverso desde as lideranças.
2- Divulgação obrigatória e mais transparência
Em 2024, as orientações dos órgãos reguladores farão com que as empresas cumpram requisitos de métricas e de divulgação em seus relatórios de sustentabilidade. Dessa forma, as informações que estarão contidas nos relatórios passarão a ser obrigatórias a todos e não feitas de maneira voluntária.
Com isso, as marcas terão que mudar a forma como divulgam seus impactos e emissões. Será preciso não apenas falar, mas realmente mostrar que está fazendo a diferença e implementando ações que possuem verdadeira eficácia nas práticas ESG. Ser transparente será cada vez mais importante e exigido.
Para alcançar esse objetivo, é necessário ter uma comunicação sólida, que reporte de maneira simples os resultados obtidos pela empresa. É preciso demonstrar todas as estratégias que estão sendo tomadas e que os relatórios sejam detalhados e com métricas claras .
3- Governança Ética
A integridade nas lideranças e a governança ética serão ainda mais fundamentais em 2024. Uma empresa, para ser 100% ESG, precisa desenvolver boas práticas para lidar com todos os stakeholders. Não zelar por toda a cadeia que faz o negócio acontecer, é um erro que não será mais tolerado.
Gerenciar com ética vai além de demonstrar ao mercado que sua empresa é a melhor; está relacionado ao fato de que, quando todos os envolvidos na marca estão na mesma página, felizes e engajados em todo o processo.
É preciso pensar em formas de que a governança ética esteja no centro dos negócios de maneira correta, com ações que beneficiem a todos.