União inédita de ONGs visa auxiliar pessoas com deficiência
Campanha busca manter arrecadação de recursos, que caíram na pandemia, para oferecer atendimento
Quatro ONGs, nacionalmente reconhecidas por oferecer atendimento a pessoas com deficiência, firmaram neste mês uma parceria inédita. Elas se uniram em uma campanha conjunta para a arrecadação de recursos.
Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.
Desse encontro fazem parte a AACD, a Derdic, a Fundação Dorina Nowill para Cegos e o Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo). A pandemia de Covid-19 reduziu o volume de doações, o que pode impactar os serviços prestados por elas.
A iniciativa Ponto em Comum é composta de uma página (landing page), que convida o internauta a escolher uma causa (deficiência visual, física, intelectual e auditiva). Ao clicar em uma delas, é direcionado para a organização correspondente (Fundação Dorina Nowill, AACD, Instituto Jô Clemente e Derdic, respectivamente).
- Cartão Especial da EMTU pode ser requerido on-line
- Shopping Ibirapuera inicia cadastro profissional para pessoas com deficiências
- Caixa dará condições especiais de crédito para pessoas com deficiência
- 5 pessoas com deficiência que dão exemplo de autoestima nas redes
A campanha também ganhou um vídeo. Está nas redes sociais das ONGs e em negociação para ser exibido em TV aberta.
O conceito é o ponto que une, além das quatro instituições, milhões de pessoas: ajudar uns aos outros. Para garantir isso, é preciso ligar os pontos e fazer um ato de amor e solidariedade – a doação.
A campanha foi criada pela agência Lew’Lara\TBWA, por iniciativa da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
ONGs unidas
Juntas, as ONGs são responsáveis por mais de 900 mil atendimentos por ano, atuando junto às pessoas com deficiências visual, física, auditiva e intelectual. E têm um propósito comum: garantir apoio, saúde, educação e bem-estar a elas.
Os trabalhos realizados pelas organizações incluem habilitação, reabilitação, terapias, cirurgias, ensino infantil, ensino fundamental e cursos profissionalizantes de inclusão no universo do trabalho.
No Brasil, 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o equivalente cerca de 23,9% da população do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período de pandemia, as quatro se adaptaram para dar continuidade ao trabalho, respeitando o distanciamento social.
Entre as soluções implantadas estão atendimentos em formato telemedicina, produção de vídeos com atividades que podem ser feitas em casa, consultas por telefone, orientações pedagógicas por WhatsApp e triagens auditivas neonatais universais com o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para proteção dos profissionais.