Há 68,5 milhões de pessoas deslocadas no mundo, diz ONU
Este é o maior índice em sete décadas, informou a ONU
O mundo tem o maior índice de deslocados em sete décadas, desde a fundação do ACNUR, a agência da ONU para o tema. No final de 2017, 68,5 milhões de pessoas estavam forçadamente fora de seus locais de origem, sendo a maior parte delas como deslocadas internas, mas 25,4 milhões como refugiadas em outros países.
Segundo o órgão internacional, o aumento foi causado pela crise na República Democrática do Congo, pela guerra do Sudão do Sul e pela ida de milhares de refugiados rohingya de Mianmar para Bangladesh. Países em desenvolvimento são desproporcionalmente os mais afetados.
Apenas no ano passado, 2,9 milhões de pessoas se tornaram refugiadas, número recorde já registrado. Elas fizeram parte de um grupo de 16,2 milhões de deslocados que tiveram que deixar o que tinham para escapar de desastres, guerras, perseguições, crises políticas e econômicas.
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Segundo informações divulgadas nesta terça-feira, 10, pelo relatório anual Tendências Globais (Global Trends) da agência, em comparação à população mundial, uma em cada 110 pessoas encontra-se hoje forçadamente fora de seus locais de origem.
Ainda de acordo com o levantamento, uma pessoa a cada dois segundos é forçada a se deslocar, ou 44,5 mil diariamente.
No caso dos refugiados, cerca de um quinto deles são palestinos. Entre os demais, dois terços são de cinco países: Síria (6,3 milhões), Afeganistão (2,6 milhões), Sudão do Sul (2,4 milhões), Mianmar (1,2 milhões) e Somália (986.400).
O cenário brasileiro
Mais de 3 milhões de pessoas aguardavam resposta sobre pedidos de asilo ou refúgio em todo o planeta no fim de 2017. Com 111.600 registros, a Venezuela se tornou o quarto país com mais solicitantes.
O Brasil foi o terceiro país a receber mais solicitações de venezuelanos, 17.900 no total. Mas, ao incluir pedidos de outros países, tinha no ano passado 85.700 solicitações pendentes, segundo a agência da ONU.
Assista ao vídeo do órgão:
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