9 em cada 10 sequestros de SP são ‘golpes do Tinder’; descubra se você tem o perfil

Cada vez mais recorrente, golpe do Tinder chama atenção das autoridades na capital paulista

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, mais de 90% dos sequestros registrados em São Paulo são feitos a partir de relacionamentos formados a partir de perfis falsos criados em aplicativos como o Tinder.

Ainda de acordo com a pasta, a Divisão Antissequestro do Dope, unidade especializada em sequestro da Polícia Civil paulista, realizou cerca de 94 ocorrências desse tipo de crime apenas em 2022. Ao todo, 251 suspeitos foram presos e 9 adolescentes apreendidos.

Aplicativo de relacionamento se tornou principal plataforma para golpistas na capital paulista – iStock/Getty Images
Créditos: iStock
Aplicativo de relacionamento se tornou principal plataforma para golpistas na capital paulista – iStock/Getty Images

Em matéria publicada originalmente pela BBC Brasil, a SSP detalhou em nota como os criminosos escolhem suas vítimas e qual perfil chama mais atenção dos golpistas: “Observam usuários que ostentam poder econômico nas redes sociais e marcam um encontro na casa da ‘isca’, abordando as vítimas geralmente em ruas desertas.”

Recentemente, um caso reportado pela matéria revelou a história de um médico do Hospital das Clínicas que foi  sequestrado e mantido em cárcere por cerca de 14 horas. O encontro marcado um aplicativo de relacionamento em Pirituba, zona norte de São Paulo, resultou em um prejuízo de R$ 75 mil motivados por  empréstimos, compras e transferências.

 Perfil mais procurado pelos criminosos

De acordo com um tenente da Polícia Militar ouvido pela matéria, as vítimas atendem a um perfil com duas características comuns: são em grande maioria mais velhos e financeiramente bem sucedidos.

“São pessoas acima de 40 anos, solteiras, que geralmente são comerciantes ou possuem pequenas empresas. São pessoas com alguma posse. A maior parte atrai a vítima pelo Tinder, com mensagens sedutoras e um pedido de encontro o mais rápido possível”, diz ele.

Além disso, o policial explica que as vítimas são escolhidas de acordo com as informações contidas no aplicativo, geralmente expondo estilo de vida exuberante e profissão consideradas mais chamativas pelos criminosos:

“Os encontros geralmente são marcados em bairros mais afastados entre o fim da tarde e início da noite. Um dos casos que atendi, um homem tinha tentado marcar o encontro com uma mulher em um shopping, mas ela disse que estava doente e lamentava não poder sair de casa para encontrá-lo. Ele acabou se iludindo com a situação e foi até o local encontrar o par romântico, mas foi sequestrado”, conta.

Confira a matéria completa no G1