Famosos falam sobre a arte de recomeçar

Mais de 20 personagens compõem a lista de entrevistados do livro “Recomeços” (editora Saraiva), da jornalista Lina de Albuquerque. Os enredos são narrados na primeira pessoa e abordam, sobretudo, momentos em que os entrevistados tiveram que pensar numa maneira de reinventar suas próprias histórias. Há depoimentos de Bárbara Paz, Rita Cadillac, Soninha, Elza Soares, entre outros
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Lina de Albuquerque, autora de "Recomeços"

Lina conversou, por exemplo, com Soninha Francine, atual subprefeita da Lapa, em São Paulo. Ela conta um pouco sobre a relação com as filhas, a separação do primeiro casamento e como voltou a estudar.

A jornalista também foi uma das personagens que, também na vida real, teve de encontrar uma maneira de reinventar e reviver a vida. Em 1996 um acidente de trânsito matou seus pais, seu irmão e um amigo da família. “Procurei manter — senão oculto, pelo menos em silêncio — um desespero contido que com o tempo foi se diluindo em lembranças de uma família especial com a qual convivi durante 31 anos.”

Veja os depoimentos de alguns entrevistados

Outros depoimentos:

Geraldo Silva Júnior (mecânico de ultraleve  é pai de Janus Lucas Leite Silva, uma das 199 vítimas do acidente de avião da TAM, no aeroporto de Congonhas, em julho de 2007)
“Foram para os ares os meus planos de tirar brevê de ultraleve junto com o avião que explodiu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 17 de julho de 2007. Meu filho, Janus Lucas Leite Silva, o Luquinha, de 6 anos, foi uma das 99 vítimas do voo 05 da TAM. Ele estava com casamento marcado para o ano seguinte e viajava a trabalho.”

Lily Marinho (foi casada por 45 anos com Horácio de Carvalho, dono do antigo jornal Diário Carioca, e por 14 anos com Roberto Marinho, das Organizações Globo)
“Dizer que existe uma idade para fazer isso ou aquilo é tão pequeno diante da grandeza de uma vida que ninguém sabe quanto tempo irá durar.”

João Carlos Martins (é pianista, regente considerado um dos maiores intérpretes de Bach)
“Beijei o piano num concerto de despedida em Londres e, no dia seguinte, fui operado em Miami. Perdi a mão direita.”

Elza Soares (Depois de 1986, com a morte de Garrinchinha, seu filho com Garrincha (1933-1983), passou nove anos vivendo na Europa e nos Estados Unidos)
“Sabia que mais cedo ou mais tarde iria me levantar. Mas naquele momento quis ficar no chão, mesmo que fosse para ver as baratas. Eu me tranquei para o mundo depois que o eu filho morreu.”

Por Redação