Adolescente afirma ter brincado com Raíssa antes de agredi-la

Em depoimento, garoto de 12 anos que é apontado como responsável pela morte de menina de 9 anos disse que usou as mãos e um graveto de árvore para atacá-la

Por edson
02/10/2019 07:51

Em depoimento à Polícia Civil na madrugada da terça-feira (1), o adolescente de 12 anos que é apontado como responsável pela morte de Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9, disse ter brincado com a menina no Parque Anhanguera, na região de Perus, zona norte de São Paulo, antes de agredi-la e matá-la.

Imagem mostra adolescente caminhando com Raíssa no dia em que a menina foi morta
Imagem mostra adolescente caminhando com Raíssa no dia em que a menina foi morta - Reprodução/Polícia Civil

Quem revelou o conteúdo do depoimento foi o delegado Luiz Eduardo Marturano, do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).

Segundo ele, o garoto de 12 anos afirmou que começou a brigar com Raíssa por algum motivo que não revelou. Passou a agredi-la com as mãos e um graveto de árvore.

Depois, amarrou-a pelo pescoço em uma árvore. Continuou então a agredi-la nas pernas e no rosto até matá-la. Quando foi amarrada, ela ainda estava consciente.

Em seguida, ainda de acordo com o delegado, o adolescente chamou um Guarda Civil Metropolitano e disse a ele que havia encontrado um corpo dependurado em uma árvore.

O garoto ficará em internação provisória de 45 dias na unidade da Fundação Casa do Brás, no centro de São Paulo, até que o inquérito esclareça definitivamente o caso.

Amizade entre o adolescente e Raíssa

A polícia não descarta a participação de uma terceira pessoa no assassinato. O próprio adolescente se contradisse em seus depoimentos. Chegou a mencionar a presença de um homem na hora do crime, mas depois desmentiu essa versão.

A morte de Raíssa, que supostamente tinha autismo, aconteceu no domingo, 29. Ela e o adolescente de 12 anos estiveram juntos em uma festa no CEU (Centro Educacional Unificado) Anhanguera, de onde a menina desapareceu.

Raíssa tinha ido a esse evento, que aconteceu no estacionamento do CEU, em companhia da mãe e do irmão mais novo.

Raíssa e o adolescente moravam perto e vinham convivendo com frequência nos dias anteriores à tragédia.

Os pais do garoto o descreveram como problemático, com um histórico de malcriações com professores. A polícia ainda aguarda um laudo psicológico do adolescente.

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