Aluna da escola em Suzano lutou contra atirador e salvou vidas

Rhyllary Barbosa dos Santos, 15 anos, atribui sua coragem ao jiu-jitsu

16/03/2019 13:20 / Atualizado em 11/09/2019 11:56

A estudante de 15 anos Rhyllary Barbosa dos Santos escapou de um dos assassinos e ainda abriu a porta para que outros alunos da escola pudessem fugir
A estudante de 15 anos Rhyllary Barbosa dos Santos escapou de um dos assassinos e ainda abriu a porta para que outros alunos da escola pudessem fugir - reprodução/arquivo pessoal

Rhyllary Barbosa dos Santos, 15 anos, é uma das sobreviventes ao ataque de Suzano e considerada uma heroína. Após a tragédia, a estudante já deu entrevistas para a TV e diversos veículos de comunicação para relatar os momentos de pânico vividos no dia 13 de março e como conseguiu lutar contra um dos assassinos e a salvar outras vidas.

A jovem também tem recebido homenagens nas redes sociais e mensagens de agradecimento por sua atitude. A atriz e cantora Cleo foi uma das personalidades que fez questão de cumprimentá-la.

A atriz e cantora Cleo enviou mensagem pessoal à estudante Rhyllary Barbosa
A atriz e cantora Cleo enviou mensagem pessoal à estudante Rhyllary Barbosa - reprodução/@rhyllarybarbosa

Segundo Rhyllary, que treina jiu-jitsu há 3 anos, no Projeto Social Bonsai – Construindo o Futuro, ter conhecimento da arte marcial foi fundamental para sobreviver ao ataque. Ela teve seus cabelos agarrados por Luiz Henrique de Castro, o mais velho dos assassinos, de 25 anos, e conseguiu escapar.

“Eu acredito que o jiu-jitsu ajudou muito. Se tivesse outra pessoa despreparada no momento em que o Luiz puxou o cabelo, ela podia estar muito vulnerável, perder a estabilidade do corpo e cair com a rasteira que ele deu. Se eu caísse naquele momento, ele ia me matar. Era o plano dele.  Talvez eu poderia não ter saído”, contou em entrevista ao site da ESPN.

Após escapar de Luiz, ela abriu a porta de entrada da escola para que outros estudantes pudessem fugir. “Eu fiquei com muito medo porque não sabia que tinha um segundo assassino, mas a minha intuição era abrir a porta e ajudar os outros alunos a saírem dali”, relatou ao portal G1.

Na hora do ataque, a jovem estava em frente à cantina da escola conversando com uma amiga e com a inspetora Eliana Regina, uma das vítimas fatais do ocorrido. Assim que ouviu o primeiro disparo, se voltou em direção ao estampido e logo viu Luiz, que continuava a disparar. Segundo ela, foi tudo muito rápido e, quando notou, já estava enfrentando o atirador.