Anonymous revela que Bolsonaro teria tomado a vacina em SP
Ex-presidente colocou seu cartão de vacinação sob sigilo de 100 anos, mas página criada por hackers diz que ele se vacinou em julho de 2021
Nesta segunda-feira, 2, um dos assuntos que mais repercutiram nas redes sociais foi a divulgação de um suposto cartão de vacinação digital do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A publicação foi feita por um site do coletivo de hackers Anonymous.
De acordo com a página, Bolsonaro teria tomado a vacina contra a Covid-19 em 19 de julho de 2021 na UBS Parque Peruche, na zona norte de São Paulo, com uma dose da Janssen. Porém, no dia 19 de julho, Bolsonaro estava em Brasília, para onde voltou no dia anterior (18) após receber alta do Hospital Vila Nova Star, na zona sul paulistana.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo diz que não consta registro de atendimento a Bolsonaro na UBS na ocasião.
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Na época, Bolsonaro passou quatro dias internado por causa de uma obstrução intestinal. Ao sair do hospital, em entrevista a jornalistas, ele disse que se reuniria no dia seguinte com o então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Segundo informações do UOL, no dia seguinte (19), data em que a suposta página do Anonymous afirma que Bolsonaro teria se vacinado em São Paulo, ele tinha agenda em Brasília. Apesar de ter dito que se reuniria com Marcelo Queiroga, apenas uma reunião com Pedro Cesar Sousa, subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República, consta na agenda oficial. A reunião estava marcada para acontecer de 15h às 15h20 no Palácio do Planalto.
Sigilo de 100 anos para a vacina de Bolsonaro
As especulações sobre Jair Bolsonaro ter ou não se vacinado repercutem porque ele colocou o seu documento de vacinação sob sigilo. Apesar de dizer que o documento estava liberado “para quem quiser olhar”, a Secretaria-Geral da Presidência da República continuou negando os pedidos solicitados via LAI (Lei de Acesso à Informação).
Em seu primeiro dia de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou 12 novos decretos e medidas. Entre eles, um despacho, determinando que a Controladoria-Geral da União (CGU) avalie, em 30 dias, as decisões sobre sigilo imposto por Bolsonaro.