Apagão no Amapá e calor extremo faz cadeirante dormir na rua

Com o fornecimento de energia elétrica escasso, amapaenses têm acesso à luz de 6 em 6 horas por dia, sem saber quando a luz voltará à normalidade

O calor extremo do Amapá associado ao apagão que assola o estado há quase uma semana, obrigou o cadeirante Aldeci da Silva Pinheiro, de 37 anos, morador de São Lázaro, um bairro de Macapá, a dormir na rua para conseguir suportar temperaturas na casa dos 40º. As informações foram obtidas pelo portal Metrópoles.

Apagão no Amapá e calor extremo faz cadeirante dormir na rua
Créditos: Istock/Balazs Sebok
Apagão no Amapá e calor extremo faz cadeirante dormir na rua

No Amapá, o apagão gerado após um incêndio atingir 2 transformadores sob responsabilidade da empresa espanhola Isolux, na semana passada, obriga pessoas sob calor extremo a fechar janelas para evitar a entrada de mosquitos. Sem ventilação e sem acesso a energia para ligar ventiladores ou ar-condicionado, moradores do estado estão adotando medidas alternativas e constrangedoras.

“É um constrangimento… A gente não consegue dormir. É uma ansiedade, um desespero, de não saber quando é que vai voltar tudo isso ao normal”, afirmou Aldeci ao Metrópoles.

O cadeirante ainda contou que é obrigado a dormir do lado de fora de casa há pelo menos três dias, desde o apagão no estado, para suportar o calor.

A mãe de Aldeci, Josidete da Silva, de 56 anos contou que o filho cadeirante chega a passar o dia nu e a dormir sem roupa para aguentar o calor na casa dos 40º.

Situação degradante para população

Com o fornecimento de energia elétrica em esquema de rodízio, amapaenses têm acesso à luz de seis em seis horas por dia, sem saber quando a luz voltará a normalidade.

Filas nos supermercados são imensas, o que já vem causando alguns desentendimentos para comprar água, que está sendo racionada. Há estabelecimentos que vendem apenas dois galões de cinco litros por pessoa.

As padarias também estão limitando a venda de pães a dez unidades por família. Nos postos de combustíveis as filas quilométricas são formadas por 60 a 50 veículos. Há muitos postos fechados porque não há condições de retirar o produto dos poços.

Com o calor e a necessidade de manter alimentos refrigerados, uma barra de gelo chega a ser vendida por R$ 50 no estado. A comunicação também é precária. As linhas de celulares das operadoras Vivo e Oi não funcionam. A Claro é a única operadora que às vezes se consegue algum sinal.