Após ameaças, UnB pede apoio da Polícia Federal e AGU

Manifestantes anunciaram protesto no campus afirmando que "a universidade não é lugar de comunista"

Ato contra o fascismo na faculdade de Direito da UnB
Créditos: Matheus Alves / Centro Acadêmico de Direito UnB
Ato contra o fascismo na faculdade de Direito da UnB

Universidade de Brasília (UnB) decidiu reforçar a segurança e suspender parte das aulas nesta segunda-feira, 29, após o anúncio de protestos favoráveis a Jair Bolsonaro (PSL). Em nota, a instituição declarou que pediu apoio da Secretaria de Segurança Pública do DF e da Polícia Federal, “que podem ser acionadas em caso de necessidade”.

Segundo a universidade, os posts nas redes sociais estão sendo monitorados e o Ministério da Educação já foi comunicado sobre os atos. A UnB também informou que pediu à Advocacia-Geral da União que proponha medida cautelar preventiva “com vistas a garantir a segurança da comunidade da UnB”.

Durante comemoração da vitória de Bolsonaro à Presidência neste domingo, 28, manifestantes anunciaram o protesto no campus para às 17h desta segunda-feira, 29, afirmando que “a universidade não é lugar de comunista”.

Em um dos prédios da instituição, o ICC, foram encontradas pichações e adesivagens de cunho político-eleitoral no fim de semana. Cartazes de uma exposição do curso de graduação em museologia também foram destruídos. A administração reitera que já retirou os adesivos e pichações, e está analisando as imagens da câmera de segurança.

Na última semana, 17 universidades públicas em nove estados do país denunciaram terem sido alvo de censura em ações por parte de policiais e fiscais de tribunais eleitorais, de acordo com o jornal O Globo. As operações foram realizadas por suposta propaganda eleitoral irregular.