Após rede de mulheres, LGBTs criam grupo contra Bolsonaro
A página na rede social já soma mais de 200 mil integrantes
Após cerca de mais de um milhão de mulheres se unirem no Facebook contra Jair Bolsonaro, LGBTs criaram nesta segunda-feira, 10, um grupo na rede social em repúdio aos ideais defendidos pelo candidato do PSL à Presidência da República.
Segundo a descrição do “LGBTs contra Bolsonaro”, o “grupo é destinado a todos os LGBTI+ e todos que apoiam nossas causas na luta contra o candidato de extrema-direita que já disse preferir ter um filho morto a um homossexual”.
Assim como o grupo das mulheres cresceu em poucos dias, o número de membros do “LGBTs contra Bolsonaro” dobrou de quarta-feira, 12, para quinta-feira, 13: de 100 mil para 200 mil pessoas.
Antes de entrar, é preciso responder a algumas perguntas e esperar a análise do administrador do grupo. Além disso, a rede faz algumas exigências aos membros, como ser LGBT+ ou simpatizante ao movimento, ser contra o Bolsonaro, não promover discurso de ódio, bullying ou discriminação política, e não divulgar spam, promoção ou fake news.
Número de membros
Um ponto que foi alvo de debate é a discrepância do número de membros dos grupos.
Segundo um porta-voz do Facebook informou à Catraca Livre, isso acontece porque o número visível dentro do grupo, que é fechado, inclui pessoas que foram convidadas mas ainda não responderam ou não tiveram seu nome analisado pelas administradoras.
“O número de membros que está disponível para não-membros do grupo reflete apenas o número de pessoas que realmente participam do grupo”, diz o porta-voz. “As pessoas no Facebook são sempre informadas por uma notificação de que foram convidadas para fazer parte de um grupo. Só é possível receber convites dos contatos na plataforma, nunca por uma pessoa desconhecida e que não tenha nenhuma conexão online com você.”
‘Mulheres Unidas contra Bolsonaro’
Milhares de mulheres se uniram nos últimos dias em um grupo de Facebook apartidário com um objetivo: se posicionar a favor de seus direitos e contra Bolsonaro, conhecido por declarações e atos machistas.
A comunidade foi criada no dia 30 de julho e, nas últimas semanas, virou um fenômeno nas redes sociais: até a publicação desta reportagem, já reunia um milhão de integrantes, como mostra o print abaixo. Cerca de 10 mil novas solicitações chegam por minuto.
“Grupo destinado a união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores. Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força!”, diz a descrição no Facebook.
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