As ligações do homem que destruiu a placa com a família Bolsonaro
Rodrigo Amorim foi candidato a vice na chapa de Carlos Bolsonaro (PSL)
Não se pode dizer que Rodrigo Amorim, o homem que destruiu a placa em homenagem a Marielle Franco, assassinada no Rio, seja alguém desconhecido da família Bolsonaro.
Pelo contrário: ele foi candidato a vice na chapa de Carlos Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro, à prefeitura do Rio nas eleições passadas – Carlos é atual candidato ao Senado.
Agora, Amorim disputa uma vaga na Assembleia Legislativa no Rio. Na publicação que fez em seu Facebook, declara: “A missão é combater com força o PSOL e suas pautas repugnantes. No que depender de mim vocês terão dias muito difíceis na Alerj no ano que vem”.
Destruição da placa
Na imagem que está viralizando na web, Rodrigo Amorim (PSL), candidato a deputado estadual, e Daniel Silveira (PSL), que tenta uma vaga como deputado federal, aparecem quebrando uma placa que homenageava Marielle Franco.
Um vídeo divulgado no Facebook, mostra eles orgulhosos do ato que consideram uma forma de “restaurar o patrimônio” e manter viva a memória do “Marechal Floriano”.
https://www.facebook.com/RodrigoPiresAmorim/videos/2321009434580302/
O candidato à presidência Guilherme Boulos (PSOL) repudiou a atitude e disse que “três idiotas aparecem em uma foto quebrando a placa que homenageava Marielle Franco no Rio de Janeiro. Um deles com a camiseta que estampa o rosto do único candidato que não lamentou a execução da vereadora”.
Famosos como Gregório Duvivier também reagiram. Em sua conta no Instagram, o ator e humorista disse que “não tem a ver com qual partido você gosta. Não tem a ver com onde você mora. Ou quanto você ganha. Tem a ver com a humanidade que tem dentro de você”.
“O quão desumano você consegue ser? Quanta desumanidade é preciso pra tirar essa foto? E curtir? Até hoje não sabemos quem matou Marielle. Mas sabemos que, de todos os candidatos, apenas um não manifestou seu pesar. Claro. Olha essa foto. Por favor, pessoal. Um pouco de humanidade. Só um pouquinho”, escreveu Duvivier.
Marielle Franco foi assassinada no dia 14 de março em um crime político no centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, o motorista da vereadora, Anderson Gomes, também foi executado. Mais de seis meses depois, o crime ainda não foi solucionado.
https://www.facebook.com/RodrigoPiresAmorim/videos/2321009434580302/