Ativista usa sua própria calcinha para resgatar animal no Ceará

A presidente da ONG Anjos da Proteção Animal (APA), Stefani Marinho disse que a situação 'parece cômica', mas na verdade lhe faltou ajuda para o resgate

A ativista da causa animal Stefani Marinho Rodrigues, de 41 anos, usou sua própria calcinha parar resgatar dois jumentos no Anel Viário, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, no último domingo, 10. O caso veio à tona após a presidente da ONG Anjos da Proteção Animal (APA) compartilhá-lo nas redes sociais.

Ativista usa sua própria calcinha para resgatar animal no Ceará
Créditos: Reprodução/Instagram
Ativista usa sua própria calcinha para resgatar animal no Ceará

Stefani estava dirigindo para a ONG quando se deparou com dois jumentos, um deles filhote, caminhando às margens da via extremamente movimentada.

“Parei meu carro, tentei seguir os animais e eles ficaram acelerando os passos. Consegui colocar os dois em cima da calçada de um posto de combustível e pedi cordas aos funcionários ou algum instrumento que pudesse segurar o animal. Não obtive essa ajuda e a única maneira que eu encontrei de segurar o animal foi retirar a minha calcinha e usar para segurar ele. Parece cômico, mas foi a única maneira que encontrei para ajudar aquela vida naquele momento”, relatou a ativista.

Ela ainda contou que conseguiu conter os animais e eles foram levados para um sítio que faz parte da APA. “Os jumentos foram avaliados por veterinários e estão recebendo suporte de alimentação”, disse a ativista.

Segundo Stefani, a ONG que preside sobrevive de doações e já realizouo resgate de mais de 500 animais. “Hoje dou continuidade ao trabalho que meu pai sempre realizou com os animais, dentro da proteção animal. Minha luta vem do berço e eu faço por amor e compaixão. É uma luta muito valorosa, pois estamos salvando vidas, vidas que são esquecidas pelo poder público”, afirmou a presidente da APA.

Resgate: saiba como ajudar animais abandonados

Não é raro termos conhecimento da prática de abandono animal. As redes sociais ajudam a disseminar as informações e os milhares de pedidos para resgatar um animal. Infelizmente, quem paga um preço muito alto pela omissão de cuidados é o bicho, que, sem voz, precisa contar com a boa vontade dos humanos para defendê-los.

Pensando nisso, criamos um manual de conduta durante um resgate animal para que você saiba o que fazer, para onde levar o pet resgatado e os principais cuidados que deve ter. Resgatar um animal abandonado é um ato solidário e respeitável! E lembre-se: não se tornar tutor definitivo de um animal não é razão para não resgatá-lo.

É importante que você tenha em mente que, ao resgatar um animal abandonado, precisa se responsabilizar por ele do início até o fim. O resgate não se limita à remoção do animal, mas também implica a acomodação, a alimentação e todos os cuidados até que ele seja definitivamente adotado. Portanto, quem retira um animal da rua se torna responsável por ele.

Se sua intenção não for adotar o pet resgatado, o primeiro passo é oferecer água e alimentação. Depois disso, busque ajuda e promova a adoção. “Devemos usar e abusar das redes sociais para esses momentos iniciais de ajuda a um animal. Mas apenas tirar foto da situação, postar no Facebook e fornecer dados como localização e condições do animal não vai ajudá-lo”, diz a veterinária.

Para saber mais, confira: Manual de resgate: saiba como ajudar animais abandonados