Ativistas reagem à decisão de Bolsonaro de vetar propaganda
Educafro pretende apresentar uma denúncia contra iniciativa do presidente a ONU
Ativistas e entidades reagem a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de tirar do ar a propaganda do Banco do Brasil que destaca a diversidade, nesta quinta-feira, 24.
Na peça publicitária, jovens negros, tatuados, trans e de diferentes estilos aparecem em cenas do cotidiano.
“A comunidade negra gastou um tempo imenso para despertar na sociedade o respeito à diversidade. Essa propaganda consolida uma conquista dos excluídos. A decisão dele (Bolsonaro) mostra o quanto ele é equivocado”, disse frei David, à frente da Educafro, entidade que luta pela inclusão dos negros no mercado de trabalho e universidades públicas, ao jornal O Globo.
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Segundo o jornal O Globo, a Educafro pretende entrar com uma denúncia na Organização das Nações Unidas (ONU) contra a decisão do governo Bolsonaro de tirar a propaganda do ar.
ASSISTA A VÁRIAS DECLARAÇÕES ABSURDAS E PRECONCEITUOSAS DE BOLSONARO
O presidente do Banco do Brasil, disse ao colunista do Globo, Lauro Jardim, que Bolsonaro não gostou do resultado da campanha.
“O presidente Bolsonaro e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor é uma decisão de consenso, inclusive com aceitação do próprio”.
“É impossível entender a cabeça de um presidente que se incomoda com a liberdade alheia, com a diversidade. Há uma questão psicológica a ser estudada”, ironizou ao Globo, o ativista gay Fernando Dantas, que trabalha em uma Organização Não Governamental (ONG) que dá abrigo a transexuais em situação de vulnerabilidade.
Nelson Matias, um dos fundadores da Associação da Parada do Orgulho LGBT, disse ao Globo que a proibição reforça o que ele chama de “intolerância institucional”.
“O que ele falava antes mesmo da campanha (eleitoral) está colocando em prática, infelizmente. Esse tipo de atitude reforça o discurso de ódio contra pessoas que lutam diariamente por sua sobrevivência”, disse Matias.
Assista o vídeo aqui.