Barack Obama apoia petição que pede o fim da ‘cura gay’ nos Estados Unidos
Iniciada há três meses, petição com mais de 120 mil assinaturas pede o fim de terapias de recuperação de homossexuais e transgêneros
Em apoio a uma petição on-line que pede o fim do tratamento de conversão de homossexuais e transgêneros nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama reforçou a campanha que já conta com cerca de 120 mil assinaturas. A mobilização foi inspirada na morte da jovem Leelah Alcorn, transgênero de 17 anos que cometeu suicídio em dezembro.
Em nota emitida pela assessoria da Casa Branca, justificou “Partilhamos da preocupação a respeito dos efeitos devastadores sobre as vidas de trangêneros, gays, lésbicas e bissexuais. É parte de nossa missão proteger a juventude americana, esse administração apoia os esforços para banir o uso da terapia de conversão para menores”.
Proibido em alguns estados como Califórnia e Nova Jersey, o tratamento ainda é permitido em regiões mais conservadores do país, a exemplo de Oklahoma. Normalmente, o método recebe apoio, sobretudo, de grupos religiosos e setores do congresso.
Da lobotomia ao eletrochoque: os diferentes métodos da “cura gay”
Em meio a inúmeros métodos que buscaram alterar a sexualidade nos últimos 100 anos, apenas em 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade de sua lista de doenças mentais.
Na desesperadora e retrógrada concepção de transformar a orientação sexual de pessoas em todo mundo, incontáveis métodos foram testados ao longo dos séculos 19 e 20. Entre eles: castração, vasectomia, lobotomia, outros baseados em substâncias como o tratamento hormonal, estimulantes sexuais e antidepressivos sexuais, além de eletrochoque e até mesmo hipnose.
Sexo forçado com prostitutas e a castração na Alemanha nazista
Durante os anos da Alemanha nazista, Hitler e sua turma lidaram com a questão da homossexualidade a partir de tratamentos hormonais e até relações sexuais forçadas com prostitutas. Na época, o Terceiro Reich buscava a recuperação de indivíduos homoafetivos para retomar a reprodução da população ariana. Sem os resultados que esperavam, passaram submeter a população gay à terapias de castração.