Paula é acusada de xenofobia ao falar sobre guerra na Síria

Essa é a segunda vez que a empresária é acusada de xenofobia; Outros participantes também já foram criticados pelo mesmo motivo

16/04/2018 10:19 / Atualizado em 05/05/2020 10:16

Paula do BBB 18 é acusada de xenofobia
Paula do BBB 18 é acusada de xenofobia

Paula, do BBB 18, voltou a ser acusada de xenofobia nas redes sociais após sugerir uma “solução” para acabar com a guerra na Síria, que dura sete anos: insurreição social.

Durante a disputa da prova de imunidade que aconteceu no último final de semana, Ana Clara questionou ao Kaysar sobre a situação em que se encontra seu país de origem, e a empresária resolveu intervir na conversa.

Segundo argumentou, a Síria não conseguirá sair dessa situação enquanto a população não se manifestar contrária as arbitrariedades do ditador e presidente Bashar al-Assad. Kaysar, então, respondeu que sabe disso, mas disse ter “medo”.

“Se todo mundo tiver esse seu medo, vocês vão ficar presos o resto da vida. O país não vai andar”, insistiu Paula.

“Não. Na Síria, Paulinha, se você abre a sua boca, vai preso 30 anos”, rebateu o brother. “Aí o governo faz o que quer e deixa a população com medo?”, continuou ela. “Não é assim, não é assim”, declarou o garçom. “A população tem que reagir”, reafirmou a sister.

Paula e Kaysar, do ‘BBB 18’
Paula e Kaysar, do ‘BBB 18’

Na web, os internautas detonaram a fala de Paula.

“Nossa, Paula! Parabéns! Acabou de solucionar a guerra na Síria, é só eles se rebelarem contra o governo DITADOR, como os sírios não pensaram nisso antes?”, escreveu uma.

“Credo gente a Paula é muito sem noção. Kaysar falando sobre os motivos da Guerra mas que não gosta de falar por medo. Ela me vem e diz “Se todo mundo tiver seu medo não conseguem nada. Meu deus as pessoas na Síria estão levando bomba química na cabeça e ela fala isso”, disse outra.

https://twitter.com/raissaabarbosa_/status/985080475827007493

https://twitter.com/hiddlexton/status/984962391027875847

Com a repercussão, o perfil oficial do brother no Twitter também se manifestou, explicando que a população síria já está reagindo.

“Sobre o comentário da Paula, de que o povo deveria reagir e tudo. Não vou detonar aqui nem nada. Só pra entenderem mesmo. Lá é uma guerra civil (entre outros detalhes do conflito). Então na verdade já é o povo reagindo de uma forma. É bem complexo, mas só pra vocês terem noção”, diz o texto.

Kaysar, participante do “BBB 18”
Kaysar, participante do “BBB 18”

XENOFOBIA      

O conflito na Síria, país localizado no Oriente Médio, sudoeste da Ásia, tem sido um dos assuntos mais polêmicos dentro do reality, por causa de Kaysar, refugiado sírio no Brasil, e apontado como um dos favoritos a levar o prêmio de R$ 1,5 milhão.

Em alguns momentos do jogo, outros participantes foram acusados de xenofobia por falas lidas como preconceituosas pelo público.

A própria Paula em outra situação criticou o fato de um gringo disputar o Big Brother Brasil e sugeriu que ele fosse disputar o ‘Big Brother’ da Síria. Entretanto, devido à guerra e questões culturais, o país não exibe sua versão do programa.

Gleici, Wagner e Lucas também foram criticados por emitirem comentários xenófobos ao se referirem a Kaysar.

No BBB 18, Gleici dá sua opinião sobre Kaysar
No BBB 18, Gleici dá sua opinião sobre Kaysar

GUERRA

A guerra na Síria, que teve início em 15 de março de 2011 quando a população saiu às ruas para protestar contra o desemprego, entre outras questões, e foi reprimida pelo governo, o que levou ao surgimento de forças rebeldes que passaram a reagir às arbitrariedades do ditador Bashar al-Assad, dura sete anos e não tem um fim iminente.

O conflito no país se intensificou com a intervenção de forças externas favoráveis e contrárias a Assad, e o posterior surgimento de movimentos internos, como o Estado Islâmico, notório grupo terrorista, responsável por diversos atentados em países da Europa, nos Estados Unidos e na própria Síria.

Até o momento, estima-se que pelo menos 500 mil pessoas tenham morrido em decorrência da guerra, cinco milhões tenham se refugiado em outros países, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), e outros milhões são considerados deslocados internos, ou seja, são pessoas forçadas a fugir de suas residências, mas, diferentemente dos refugiados, eles não cruzaram fronteira internacional e ficam se deslocando dentro do próprio território.

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