Bloom Project Aldeinha

divulgação
Projeto do jardim

Desde 1992 que o artista parisiense Jean Paul Ganem cria “obras de arte” realizando intervenções paisagísticas por meio de flores e vegetação. Os primeiros projetos do artista aconteceram na França em fazendas de trigo, pastos e outras plantações, mas foi a transformação de um aterro sanitário no Canadá em um belo jardim, que plantou a primeira semente para o Bloom Project Aldeinha nascer.

Com a intenção de transformar espaços degradado da cidade de São Paulo, a produtora Brazimage convidou Jean Paul para aplicar o conceito de “arte x paisagem” em algum lugar da metrópole. O artista veio ao Brasil e topou a proposta. O primeiro passo foi encontrar o espaço ideal para a realização do projeto. Eles passaram por diversos lugares, entre aterros, lixões e terrenos abandonados, até conheceram a favela Aldeinha, que estava em processo de desocupação. “Chegamos na Aldeinha no meio da remoção das pessoas e voltamos diversas vezes para entender o que os moradores sentiam por aquele lugar. Depois de conviver com eles, entrevistá-los e de analisar o lado estético da favela, decidimos que lá seria o espaço perfeito para o Bloom Project,” conta Jean.

São 17 mil m2 que vão se transformar em um em um local de interação cultural e social. Enquanto Jean Paul reproduz

Idealização da obra

com flores e grama a planta arquitetônica da favela para que as pessoas enxerguem a renovação do lugar, o projeto, em parceria com a Secretaria de Cultura e o SESC, também inclui uma intensa programação com música, circo, teatro de rua e dança, pista de skate, oficinas, entre outras atividades.

Foram dois anos de captação de parceiros e apoios para a sedimentação do projeto, que terá a participação de ONGs, Instituições e outras parcerias. Para a realização do Bloom Project Aldeinha, a ideia é convidar as pessoas da comunidade para fazer parte: “primeiro, vamos dar oficinas de jardinagem, marcenaria, entre outras, para que eles possam construir o espaço”, explica Garnen.

Com a proposta de interagir com a população e de receber uma ajuda financeira, qualquer um pode adotar uma ou mais cotas para participar da construção desta obra. Ao todo, são 17 mil cotas digitais do projeto representando seus 17 mil m2 de área, que serão comercializados a partir de R$ 100.

Em troca desta colaboração, a pessoa passa a fazer parte da rede social do projeto e consegue acompanhar todo o processo de transformação do espaço tendo acesso a ações e eventos exclusivos. Ao final, quando a obra estiver pronta, quem adotou o Bloom vai receber uma fotografia aérea fine art numerada e assinada pelo artista.“É um novo caminho, queremos que o Bloom Project seja um exemplo, que surjam novos projetos com este conceito, aqui no Brasil e em outros lugares do mundo,” finaliza Jean.

Terraplanagem inciada pelo projeto
Favela Aldeinha

Mais informações: www.bloomproject.org.br