Boatos sobre desastre em Brumadinho proliferam na web
De atentando cubano à Michelle Bolsonaro, é sempre necessário ponderar sobre o que recebe e sobre o que compartilha nas redes sociais
Nos últimos anos, todo acontecimento que mexe com a opinião pública é acompanhado por uma enxurrada de boatos, teorias conspiratórias e notícias falsas. Boa parte desse conteúdo de procedência duvidosa é disseminado pelas redes sociais.
O desastre humano e ambiental que ocorreu devido ao rompimento da barragem em Brumadinho (MG) não escapou à regra. O Estadão fez um compilado de algumas das correntes que circulam pelo WhatsApp nos últimos dias. Veja:
PRF não prendeu venezuelano e cubano envolvidos com rompimento da barragem
Já desmentimos esse boato por aqui, mas ele continua a viralizar. Trata-se de um texto que afirma que um venezuelano e um cubano foram presos pela Polícia Rodoviária Federal a 68 quilômetros de Brumadinho, sob a suspeita de terem explodido a barragem da Vale. Eles seriam parte, segundo o texto, de células terroristas que se infiltraram em território nacional para sabotar o governo Bolsonaro.
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É tudo falso: a PRF já informou que “não registrou ocorrências envolvendo estrangeiros no estado de Minas Gerais ou quaisquer outras prisões que tenham relação com a tragédia em Brumadinho”.
Michelle Bolsonaro não desabafou sobre tragédia em Brumadinho
Circula no WhatsApp e nas redes sociais um suposto desabafo da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “Hoje li algo que alguém escreveu, dizendo que Brumadinho está colhendo o que plantou! Simplesmente porque nessa cidade Bolsonaro conseguiu 60% dos votos!”, começa o texto.
No entanto, a publicação foi feita em um perfil falso da primeira-dama. Michelle não tem nenhuma página oficial no Facebook. A mensagem contém outros sinais de boato: erros de gramática e pontuação. O único elemento verdadeiro no boato é que, de fato, a maioria dos eleitores de Brumadinho (63%) votou em Jair Bolsonaro no 2º turno.
A desinformação também foi checada pelo site Boatos.Org.
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